Fãs de ‘Black Mirror’ devem adorar ‘Escolha ou Morra’

Os fãs da série Black Mirror certamente vão se identificar com o novo suspense que estreou nesta sexta-feira (15) no catálogo da Netflix. Afinal, o filme Escolha ou Morra (Choose or Die), estrelado por Iola Evans e Asa Butterfield, tem a tecnologia como tema central da história.

Na trama, Isaac (Asa Butterfield) é uma espécie de gênio da informática que “desenterra” um jogo de terror de sobrevivência perdido dos anos 1980. Com isso, ele desencadeia uma maldição oculta que destrói a realidade, forçando-a a tomar decisões aterrorizantes e enfrentar consequências mortais.

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Clima bizarro

Escolha ou Morra emula bem o clima bizarro de ficção científica dos episódios de Black Mirror e até da franquia Jogos Mortais. Portanto, se você curte a série, provavelmente também vai gostar do novo filme da Netflix. A produção tem um desenvolvimento interessante, misturando a tecnologia jogos de RPG de mesa e games, com direito a chefão final, fazendo um mix bem-sucedido para os nerds de plantão.

Entretanto, dentro de toda essa loucura de realidade virtual, o longa-metragem aborda algumas temáticas interessantes, como conservadorismo, machismo e feminismo. Tem até mesmo espaço para filosofia, como o dilema do trem de Phillipa Foot, por exemplo: um sacrifício para beneficiar outras vidas.

Com um desfecho aberto, dando gancho para uma continuidade (ou não), e, de certa forma, surpreendente, Escolha ou Morra não é um filmaço, mas está bem acima da média das produções originais da Netflix. Há seus deslizes, como a perda do ambiente excêntrico em certas cenas, quase caindo na galhofa, mas vale o tempo. Além disso, até por sua curta duração, caberia perfeitamente como um episódio de Black Mirror, que, inclusive, tem capítulos bem mais longos. É diversão pura para quem gosta de algo diferente.