Leia o review do game Exoprimal - Ultraverso

O game está disponível para consoles e PC. Foto: Divulgação / Capcom

Exoprimal apresenta gameplay caótico e repetitivo

Felipe de Andrade

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1 de novembro de 2023

Este não é o retorno triunfal de outra franquia da Capcom com o tema centrado em dinossauros, sobrevivência e armas de fogo. Infelizmente, os fãs de Dino Crisis permanecerão órfãos por mais alguns anos, já que desde o último jogo bom da franquia foi lançado em 2000, para PlayStation 1Dino Crisis 3 não é levado em conta por ser desconhecido do grande público e pelas diversas críticas negativas que recebeu. Dessa maneira, a desenvolvedora japonesa mantém a franquia enterrada junto com outros sucessos como Onimusha, Final Fight e Darkstalkers.

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A nova investida da gigante japonesa com a temática de matar lagartos gigantes e ferozes, é Exoprimal. Um jogo de ação com uma séria crise de identidade, já que possui características de jogos de diversos nichos. Assim como ser um jogo com serviço de atualizações periódicas, passes de temporada e micro transações que é vendido a preço cheio. Ademais, o jogo é sobre partidas que misturam batalhas PvE e PvP e, ainda, tenta inserir uma história “completa” entre as partidas desta salada que o jogo acabou se tornando.

Falta originalidade

Exoprimal reúne características de títulos como Anthem e Overwatch com boas pitadas do caos que pode ser enfrentar as frenéticas hordas de zumbis de Days Gone, tudo junto no mesmo produto, só que com os dinos no lugar dos devoradores de cérebro. Por essas e outras comparações, já é possível perceber um dos principais problemas aqui: a falta de originalidade.

Outro ponto fraco é que a história é confusa e contada através de documentos e arquivos de áudio destravados conforme se joga e avança nas partidas. Esse processo é tão demorado e chato que a maioria dos jogadores sequer se preocupa em seguir a história de perto, e acaba partindo para o tiroteio esquecendo que existe um roteiro para ser acompanhado.

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Um jogo notoriamente caça-níquel. Foto: Divulgação / Capcom

Diversão em meio ao caos

Por mais que Exoprimal pareça estar fadado ao fracasso, visto que o seu objetivo principal parece ser o de gerar o máximo de lucro possível para a Capcom, no menor tempo com um jogo notoriamente caça-níquel, alguma diversão pode ser tirada em meio ao caos que o gameplay costuma se tornar. O jogo não irá agradar a maioria dos fãs dos jogos da produtora, ou de shooters no geral, mas matar hordas e hordas de dinossauros fazendo uso de armaduras com características únicas é bem legal, até que a repetição se instala acabando com os ânimos de qualquer jogador.

As armaduras disponíveis compõem três classes diferentes entre si, sem fugir dos clichês da maioria dos jogos moba e de tiro competitivos que são:  tanque, suporte e ofensivo ou fuzileiro. Um diferencial de Exoprimal é a possibilidade de trocar de armadura a qualquer momento durante as partidas, independentemente das classes principais escolhidas no começo.

As partidas possuem 2 etapas e consistem basicamente em: a primeira parte conta com gameplay cooperativo, onde o jogador junto com os colegas de equipe deve alcançar o final do cenário realizando pequenos objetivos pelo caminho, sendo o principal deles acabar com as hordas de dinossauros que caem do céu. E a segunda, é que após os 2 times terminarem essa disputa “amistosa” para ver quem termina com os objetivos em menos tempo, chegamos às vias de fato, que é quando a parte PvP tem início, trazendo muita disputa com tiroteio para ver qual time termina a partida por mais abates do lado oposto.

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A falta de variedade dos répteis acaba se tornando um problema. Foto: Divulgação / Capcom

Repetição de inimigos

Resumindo, a graça de Exoprimal está em acabar com centenas de dinos, fazendo uso de armaduras estilosas com os mais variados estilos visuais e de gameplay, cada uma com armas que conseguem se adaptar às preferências de cada jogador. Entretanto, a falta de variedade dos répteis acaba se tornando um problema bem rápido devido à repetição dos poucos dinossauros disponíveis para enfrentar, a maioria das disputas serão encontrar dezenas de raptores. Vez ou outra combatemos inimigos mais parrudos como o T-Rex e triceratops, por exemplo.

Existe a função dominador, onde é possível invocar e controlar um dinossauro para invadir a área do time inimigo e causar dano aos integrantes e atrapalhar a conclusão dos objetivos.

Nem mesmo a parte que tange às características de jogo como serviço consegue gerar muito hype para prender os jogadores para jogar por horas seguidas e destravar ou comprar poderes, skins e armas para promover a vida útil do jogo e criar alguma sensação de variedade no gameplay.

O jogo também sofre com alguns problemas de performance em relação à sua conectividade e a geração de partidas, estranhamente parece demorar mais do que a média quando comparado com outros jogos com partidas online da atual geração.

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Possui fases com bons designs. Foto: Divulgação / Capcom

Ambientação

O título possui visual agradável de forma geral e retrata bem os dinos, além de possuir fases com bons designs e garantir alguma profundidade na personalização dos pilotos e das armaduras, ainda que os gráficos acabam ficando aquém do esperado na nova geração por se tratar de um jogo cross-gen.

A trilha sonora é agitada para combinar com o gameplay frenético, mas na maior parte do tempo ela acaba sendo quase que anulada pela urgência constante no que está rolando na tela, já que é difícil prestar atenção nas músicas quando se deve evitar morrer por tiros e mordidas, por vezes ao mesmo tempo.

O jogo conta com localização para o nosso idioma em todas as legendas e menus presentes. Neste ponto uma coisa que não faz o menor sentido é que o Leviatã, Inteligência Artificial que serve como guia durante as partidas de tutoriais, é o único personagem dublado presente no jogo. O que além de ser pouco funcional, pode causar uma confusão na cabeça de quem está jogando com essa mistura de idiomas. Isso é um tanto quanto bizarro e demonstra a falta de capricho por parte dos desenvolvedores.

O game está disponível para consoles e PC. Foto: Divulgação / Capcom

Veredito do review do game Exoprimal

Exoprimal mistura diversas características de jogos como serviço com uma gameplay caótica e repetitiva, resultando num dos lançamentos mais fracos da Capcom dos últimos anos.

Se fosse um jogo free-to-play, talvez fizesse mais sentido investir um tempo jogando. Agora, ter que pagar por cosméticos e passes de temporada depois de pagar o preço cheio, fica complicado recomendar um título sem nenhum grande chamativo ou inovação como este.

Por fim, não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do Ultraverso que fala sobre Cultura Pop:

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Prós

  • Classes bem diferentes entre si
  • Enfrentar dinossauros sempre é legal
  • Modo Dominador

Contras

  • Ter que pagar por tudo
  • Problemas com a performance online
  • Repleto de clichês
  • Jogabilidade repetitiva

Trailer do game Exoprimal

Felipe de Andrade

3.4
Gráficos

Créditos Galáticos: 4

Jogabilidade

Créditos Galáticos: 3

Áudio

Créditos Galáticos: 4

História

Créditos Galáticos: 3

Diversão & Imersão

Créditos Galáticos: 3

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