Jogos Indies

Os 10 melhores jogos indies para PS4, Switch e Xbox One

Leandro Stenlånd

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1 de janeiro de 2020

Um das coisas mais legais da atual geração de consoles são os jogos indies que poucos conhecem, mas que são bastante funcionais na atual geração de consoles. Indo contra a maré de títulos ousados graficamente, a maioria desses títulos possuem seus diversos predicados. O valor cobrado por muitos deles pode variar de R$ 30 a até R$ 120, além de dar aos usuários a possibilidade de jogarem coisas casuais e diferentes, proporcionando indiretamente descontos em jogos que, de certo modo, são atemporais.

Sempre há um jogo ou outro que se destaca, que geralmente são divididos entre plataformas. Alguns saem para Xbox One, outros para PS4, enquanto alguns para Switch. Este último recebe games deste formato de forma mais corriqueira. Evidente que “não existe almoço grátis”, mas há alguns meses que a lista é tão boa que faz com que o valor por cada um destes — quase sempre — supere jogos que chegam com toda pompa, circunstância e gráficos que são muito exuberantes e que, certamente, vão cair em algum marasmo.

Por isso, o BLAHZINGA listou os melhores jogos indies oferecidos para PS4 e Xbox One.

1 – Hollow Knight (PS4/Switch)

Já com sua sequência confirmada (ainda que sem data), Hollow Knight foi um título inicialmente lançado para PC e, logo em seguida, para Nintendo Switch. Com todo o burburinho que o título causou, acabou ganhando uma versão para PS4 chamada VOIDHEART EDITION.

Em Hollow Knight jogamos com um cavaleiro que chega à cidade de Hallownest e deve desbravar cavernas, cidades antigas, minas e outras regiões esquecidas no subsolo. Enquanto isso, precisa descobrir mais sobre a história deste lugar sombrio que já teve seus dias de glória num passado distante. Começamos apenas com comandos básicos como pular e bater e sem conhecer a região. Conforme derrotamos chefes e inimigos menores, conseguimos poderes novos e dinheiro, chamado aqui de Geo, para comprar melhorias, mapas, amuletos, armas e muito mais.

2 – Sundered (PS4/Switch)

Sundered é um jogo altamente viciante, altamente implacável em sua dificuldade e que fará com que você perca horas e mais horas para passar de um simples mapa recheado de inimigos que vão te fazer lembrar dos níveis de dificuldade da série Dark Souls. Com uma narrativa simples e envolvente, além de possuir toda sua arte desenhada à mão, o estilo clássico de Metroidvania foi implementado de forma sensacional neste game.

Além de ser um metroidvania, o game possui características roguelike simplistas, e o mesmo utiliza facilmente de minimalismo para ser tão grandioso quanto esperávamos. O jogo esteve por um bom tempo disponível para Playstation 4 e PC. Foi lançado há algum tempo para Switch.

3 – Blasphemous (PS4/Switch/One)

Blasphemous é um jogo de plataforma de ação que combina combate feroz com técnicas Hack n’ Slash. Para quem ama títulos próximos de Dark Souls e um mix com Castlevania, este é o game. Pouco se vê por aí quanto a esse tipo de jogo atualmente, mas não é difícil. Há clientela. Há fãs. E, acima de tudo, há quem endeuse esse tipo de jogo 2D.

Em Blasphemous, o único sobrevivente do massacre do “Sofrimento Silencioso” é o penitente. Uma horrível maldição, conhecida apenas como O Milagre, caiu sobre a terra de Cvstodia e a sua população. Preso em um ciclo sem fim de morte e renascimento, o jogador terá que libertar o mundo deste terrível destino e alcançar a origem de sua angústia. Assim, nossa função é explorar esse mundo aterrorizante de religião distorcida e, por conseguinte, descobrir seus diversos e profundos segredos.

Com uma trama sublime, uma jogabilidade forte, envolvente e punitiva, Blasphemous se destaca como o melhor indie de 2019 até o momento, em nossa opinião. Aos amantes do gênero, o título se faz digno do preço consideravelmente caro (R$ 89,00). Vale muito mais do que isso, pela nostalgia sentida ao colocarmos as mãos nesse belíssimo título entupido de embates épicos e chefes titânicos.

4 – Monster Boy and the Cursed Kingdom (PS4/Switch/One)

Logo de cara, quando vimos o primeiro vídeo de Monster Boy and the Cursed Kingdom”, nos apaixonamos pelos gráficos. Achamos totalmente incrível como eles conseguiram criar um “desenho animado jogável”. A história também tem um estilo nostálgico, já que o game é da série Wonder Boy, que começou lá no Master System.

“Monster Boy and the Cursed Kingdom” entrega um game além das expectativas, com diversão garantida. Dá para explorar por horas e ainda rir um pouco. Além disso, o jogo traz achievements para quem curte explorar todos os pontos do mapa e buscar todos os itens e áreas secretas.

O game é de plataforma com algumas mecânicas de RPG. Existem mercadores, ferreiros para aprimoramento de equipamento, bem como itens para melhorar suas habilidades. Você vai encontrar partes de itens em baús escondidos no cenário e melhoria de habilidades em outros pontos do mapa. Existem também esquemas de coleta de itens como side quest. Os menus são bem simples com descrições curtas e diretas. O mapa é grande e promete cerca de 15 horas de aventura.

5 – Koihime Enbu Ryo Rai Rai (PS4)

Um dos jogos de luta mais atrativos e indies que conhecemos é o título acima citado. A Degica Games cada vez mais tem tentado ganhar espaço no submundo dos games. E essa não é uma tarefa tão fácil, levando em consideração que este é o gênero que representa o maior mercado de entretenimento do mundo.

Em Koihime Enbu Ryo Rai Rai, temos combates com níveis altíssimos de dificuldade. No entanto, ele não está longe de ser mais um dos jogos focados na sensualização das nossas mocinhas. Incrivelmente, o Playstation 4 continua recebendo cada vez mais jogos nesse formato com visual anime, alguns até apelativos demais. Ao todo, temos ao nosso dispor quatorze personagens femininas jogáveis e 8 tipos de assistentes de combate.

Koihime Enbu Ryo Rai Rai possui mecânicas simples, de sistema que cumpre o básico e animações interessantes. Apesar de ser baratinho, é um jogo de modo casual, ou seja, você irá precisar que amigos se desloquem até sua casa para jogar um multiplayer. Não é uma boa ideia adquiri-lo pensando em partidas on-line. Será um tempo perdido, visto que é um título de nicho e que é bem raro de dar as caras. Contudo, se deseja sair do foco de títulos como MK e Street Fighter, pode ser uma alternativa bastante eficaz.

6 – 20XX (PS4/Switch/One)

O lançamento de jogos com gráficos 2D se tornaram corriqueiros. Como exemplo disso temos Salt and Sanctuary, que tem um bocado de influência de Dark Souls e temos também o recém lançado Dead Cells, que lembra Castlevania: Symphony of The Night20XX é um título de plataforma de ação no estilo metroidvania no qual você pode jogar com um amigo.

É isso mesmo que você está lendo. Todavia, tem um detalhe incrível e diferenciado nesse jogo: ele é uma imitação muito competente de Mega Man. O formato é muito igual, até mesmo em seus personagens. Você irá perceber que a protagonista é totalmente a cara do nosso herói azulão e notar a semelhança do protagonista masculino com o personagem Zero.

7 – Xuan Yuan Sword: The Gate of Firmament (PS4/One)

Xuan Yuan Sword: The Gate of Firmament é aquele jogo que nossa equipe aguardava desde seu lançamento no primeiro semestre de 2018. Apesar de destoar um bocado daquilo que já vimos em diversos J-RPGs, Xuan-Yuan consegue ser um bocado diferente ao adentrar em uma narrativa totalmente chinesa ao invés de japonesa, mostrando o que há de melhor na cultura de um dos maiores países do continente asiático.

Longe de ser um título recomendável por sua jogabilidade, o game ao menos apresenta bons tons de conversa em mandarim e algumas belas atuações de seus dubladores chineses.

Xuan-Yuan não vive só de momentos ruins. O game tem partes interessantes e até temos uma narrativa rica com cutscenes que lembrarão os filmes de Kung-Fu de Jackie Chan e Jet Li, bem como longa-metragens de fantasia chinesa onde a vestimenta e a arte fazem o filme ao menos não se auto-esmerilhar com cenas patéticas.

A melhor parte do jogo, ao lado de sua narrativa, é a trilha sonora. Temos um emaranhado de instrumentos chineses na execução das faixas. O uso da Citara Gu Qin é perfeito. Em alguns momentos chega a ser tão magnífico que me sentia na China Imperial com diversas mulheres ao meu lado tocando esse tipo de instrumento, que é ancestral de Gu Zheng. Claro que não poderia ser por menos, afinal temos a competência de ninguém menos que o vencedor do Cavalo de Ouro, Rizet Tsen, famoso na China e Taiwan por suas belíssimas composições.

8 – Militant (PS4)

Um jogo atual de ação alucinante, comparável aos clássicos shooters em 2D da geração 8 e 16 bits, com direito a deixar os mais experientes de cabelos em pé, é – ou era – impensável. No mundo onde jogos 3D, com seus 50 GB, reinam por aí, fica difícil fazer com que experientes de guerra provindos de jogos como “Contra”, “Metal Slug” e “Sparkster” venham nos dias atuais tentar jogar algo 2D. Ao mesmo tempo em que se busca aproveitar as possibilidades de jogabilidade das novas gerações, fica estranho retroceder no tempo sabendo que, para muitos, esses jogos não mais vingam como outrora. Jogos plataforma 2D existiram no passado, continuam no presente e, depois de MilitAnt, você terá reais razões para crer que o desenvolvimento em massa no presente – e no futuro – pode ser algo rentável para estúdios de pequeno porte que precisam iniciar de alguma forma.

MilitAnt é ‘difícil pra porra’, e é por isso mesmo que mostra como um projeto indie pode ter êxito, independente de seu investimento. Claro que o processo de criação de um jogo 2D é muito mais rápido e muitos são os programas que agilizam essa tarefa, assim como a sua animação, facilitando dessa forma todo o processo de criação dos personagens. Mas e daí? Em que isso interessaria para o usuário final?

O maior êxito do jogo é que ele não é desenvolvido por brasileiros, porém possui dublagem no português do Brasil, o que é fantástico.

9 – Hidden Dragon: Legend (PS4)

Um dos jogos que poucos conhecem, mas que merece e muito sua atenção é Hidden Dragon: Legend. Se já chegaram a assistir um dia os filmes de Jet Li e Andy Lau, sabem que o Kung Fu é uma arte milenar e, assim, fica nítido que games que se passam durante o Japão Feudal ou a China imperial possuem um charme a mais. Foi assim com Nioh e com Xuan Yuan.

Estamos diante daquele game de ação de plataforma 2.5D combinando ação, uma história cativante e lutas mescladas à combos lembrando clássicos como Ninja Gaiden e Shinobi. Essas habilidades marciais, acrobáticas e de resolução de puzzles para vencer inimigos e puzzles no estilo Metroidvania farão com que, de imediato, o gamer se apaixone pelo jogo.

10 – Aces of the Luftwaffe – Squadron (PS4/Xbox One)

Muito se sabe sobre jogos de nave, mas pouco se tenta quando o quesito é simulador de voo para com a guerra. Diferente do formato Shmup que tanto enalteço, recebemos Aces of the Luftwaffe – Squadron, jogo que mostra como é a vida da Aeronáutica em dias de guerra.

Durante esse período, na tentativa de destruir uma ameaça nazista, o jogador assume o papel dos pilotos Jack e Amelia em uma emocionante batalha área, cheia de missões, cada uma das quais com diversos objetivos e inimigos, além de várias metas paralelas. Em meio à ação e adrenalina, o jogador também deverá elaborar sua própria estratégia, atribuindo ao parceiro de batalha os objetivos essenciais para destruir os inimigos e ter sucesso. Aces of the Luftwaffe – Squadron é um título de combate entre aviões.

Não estamos diante de um simulador de voo, mas não deixa de ser uma ótima aquisição para amantes do gênero que abriga pessoas nos céus. O fator diversão é alto neste game e, graças aos combates que não são poucos e que envolvem troca de mísseis e balas, não será difícil o jogador repetir várias missões apenas pela boa jogabilidade.

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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