OKKO – O CICLO DA ÁGUA

‘OKKO – O CICLO DA ÁGUA’ | RESENHA

Eduardo Cruz

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30 de janeiro de 2020

Uma exótica e fantástica versão do Japão feudal imaginada pelo artista HUB, pseudônimo de Humbert Chabuel. O místico Império de Pajão é uma terra de samurais, katanas, deuses e magia, que não deixa de ter sua semelhança com a Terra do Sol Nascente. Na Era Asagiri, também chamada de Tempo das Neblinas, inúmeros clãs lutam para conquistar toda o Pajão, causando inúmeros conflitos que assolam a nação.

Longe dos campos de batalha, Okko, um ronin excepcionalmente habilidoso, lidera um grupo de caçadores de demônios dos quais fazem parte Noburo, o misterioso gigante mascarado e o monge bêbado Noshin, com poderes de conjurar espíritos da natureza. Quando a irmã de Tikku, a gueixa Pequena Carpa é raptada por piratas, o jovem pescador convence o bando a ajudá-lo, mas essa busca terá seu preço e os levará para o centro de uma grande aventura.

Decerto ta ai mais uma bela surpresa dentre os quadrinhos inéditos no Brasil publicados em 2018. Ademais, se você está a fim de dar um tiro no escuro e não quer se arrepender abraçando uma série nova (Okko é fechado em quatro volumes) e curte aventura com toques de fantasia, espada e feitiçaria e/ou cultura nipônica, Okko vai agradar, e muito! A reimaginação da Terra do Sol Nascente feita por Chabuel. Este é um francês, vai descer como um crepe de tempura: É uma mistura que a princípio parece bizarra e improvável, mas tem um paladar extraordinariamente bom, apesar do exotismo da mistura.

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O TRAÇO DE HUB

Em Okko – O Ciclo da Água, o traço de HUB é fantástico, limpo, detalhado, com diagramações de página impecáveis, personagens bem construídos e cenários grandiosos. É daqueles que você para de ler para ficar admirando a arte mais um pouco, ou seja, um típico exemplar do melhor que os quadrinhos europeus podem oferecer. Como se não bastasse, a história é consistente e envolvente. Ainda mais pela reimaginação de um Japão Feudal, não não, perdão, um Pajão feudal, com magia, elementos de low tech, muitas lutas, duelos de espadas e espíritos elementais cria um mundo rico, o que só facilita a expansão da mitologia para o artista, deixando muitos caminhos abertos para serem desenvolvidos, o que é exatamente a minha expectativa para os próximos volumes. E assim, fui arrebatado pelo mundo imaginado por HUB e espero ansiosamente revisitá-lo em Okko – O Ciclo da Terra, possivelmente o próximo volume da saga.

Compila os dois volumes de Okko – O Ciclo da Água.100 páginas. Capa dura.

R$ 79,90. (Mas tem umas promoções incríveis por aí, é só procurar…)

Eduardo Cruz

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