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Integrantes do CPM 22 lançam a gravadora Repetente Records

Wilson Spiler

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22 de abril de 2022

A famigerada ‘experiência musical’ de bandas e artistas, com acúmulo de anos – ou décadas – de trabalho na música, pode e deve ir além dos palcos ou no que se escuta num CD ou vinil. Melhor ainda é quando aprendizados e atalhos são compartilhados. Aliás, um dos tantos pontos de partida para três integrantes da influente CPM 22 – Badauí, Phil Fargnoli e Ali Zaher – criarem a Repetente Records, um novíssimo selo discográfico inicialmente focado em rock, punk rock e street punk.

A Repetente Records surge para fortalecer o rock/punk rock em parceria com uma das maiores distribuidoras de música digital do mundo, a inglesa Ditto. E quando? O selo foi oficialmente lançado na última quarta-feira, dia 20 de abril, na capital paulista.

CPM 22 e a Repetente

A gênese e a história do CPM 22 têm tudo a ver com a Repetente Records. Banda e selo são formados por pessoas apaixonadas por música, sempre dispostos a experimentar e desbravar o novo.

Contextualizando: o CPM 22 foi a primeira banda a se apresentar no Hangar 110, histórica casa de shows em São Paulo para o rock e principalmente punk rock, um estilo que será destaque na atuação da Repetente Records. Além disso, o grupo foi quem – da cena punk/hardcore nacional – furou a bolha do underground e entrou no mainstream, chegando a diversas plateias e contrato com uma grande gravadora.

E este é o caminho que a Repetente Records busca fortalecer e oferecer às bandas do selo. O trio vai se empenhar com as respectivas experiências na indústria musical com suporte e estrutura para facilitar lançamentos, distribuições e divulgação na mídia. A consequência, certamente, será o crescimento e exposição de bandas novatas e até mesmo veteranas de um estilo que eles, através do CPM 22, pavimentaram desde a década de 1990.

O que significa o nome Repetente Records?

O nome tem tudo a ver com perseverança e persistência na música, praticamente um mantra para Badauí, Phil e Ali. Seja no CPM 22 ou nesta nova empreitada. Repetente tem a ver com a rebeldia contra padrões. Na escola, muitas vezes o aluno “repetente” é aquele que não se encaixa nos moldes. Ele repete não por incapacidade, mas por não ligar, não se interessar pelas mesmas coisas ou por estar enfrentando problemas maiores e mais urgentes fora da escola. Em vez de copiar a lousa, ele está sempre criando – fazendo desenhos, escrevendo rimas, bolando planos, fantasias impossíveis, se divertindo com uma realidade menos careta e injusta.

Por isso, tem tudo a ver com o punk, o rebelde, aquele que questiona, se revolta, que segue suas convicções com paixão, sem medo de não estar adequado ou receber a reprovação da sociedade. Aquele que faz as coisas do seu jeito. Repetente Records também é sobre insistência e independência. A repetição, com o ciclo “tentativa, erro, aprendizado e recomeço”, é a base da vida do autodidata, do apaixonado por uma atividade ou objetivo.

Na música isso é uma realidade ainda mais forte, principalmente no rock. Todos que sobrevivem neste meio se apoiam na paixão pelo que fazem e vivem da repetição nos ensaios, shows, na insistência de se tornar cada vez melhor e mais resiliente.

Casting da gravadora

Quatro bandas – com discos finalizados ou em produção – já começam a trilhar junto à Repetente Records neste início de operação. Os primeiros lançamentos serão das paulistanas Anônimos AnônimosFaca PretaFibonattisGanggorra, esta última que já estreou nesta sexta (22) com música no streaming e clipe da potente “O que é bom pra mim?”.

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Por fim, não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do Ultraverso:

Assista ao clipe de “O que é bom pra mim?”, da banda Ganggorra

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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