RESENHA | ‘O Diário de Bridget Jones’ tem narrativa leve e humorística, o que faz a leitura ser rápida

O Diário de Bridget Jones de Hellen Fielding é o retrato da mulher moderna solteira na faixa dos trinta anos com todas as suas aflições, compulsões e promessas. Com a virada do ano se aproximando, Bridget faz o que a maioria das pessoas faz: promessas de ano novo que não serão cumpridas. Parar de fumar, emagrecer entre outras são as metas que Bridget começa a quebrar no momento em que recebe a oportunidade, mas, persistente, transforma seu diário em uma forma de controlar suas novas promessas. Bridget possui como meta mais importante o emagrecimento, o que reforça alguns estereótipos cansados dos filmes de comédia dos anos 2000.

Fielding faz uma frustrada e fraca tentativa de criticar os problemas da mulher moderna e as pressões que ela enfrenta, mas que é evidente. A personagem é exatamente como qualquer um de nós: pressionada pela sociedade e, principalmente, pela própria família. Sua vida amorosa importa tanto para a sua mãe que a mesma a apresenta a Mark Darcy, porém eles não simpatizam. Bridget é, na verdade, apaixonada por seu chefe, Daniel, que, estranhamente passa a ter interesse por ela também.

A narrativa é leve e humorística, o que faz a leitura ser rápida. Com todas as confusões presentes da vida dela, descobre que seu amado, na verdade, pretende se casar com outra pessoa. Os encontros e desencontros entre Bridget e Mark são irônicos e engraçados, como se o destino estivesse os passando a perna.

A leitura é “mamão com açúcar”, ou seja, falta algo. Apesar de sua representação cinematográfica ter conquistado milhares de pessoas com seus personagens hiper-caricaturados, ela não é um retrato fiel do livro, que por vezes é repetitivo e desinteressante, mas por outras vezes é hilário e bom para descontrair.

FICHA TÉCNICA