REVIEW | ‘Capcom Beat ‘Em Up Bundle’ seria ainda melhor se tivesse Cadillacs and Dinosaurs

Leandro Stenlånd

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31 de outubro de 2018

A Capcom mais uma vez se mostrou esperta e por dentro da nova geração. Depois de lançar inúmeras versões de Collections de seus jogos, seja Megaman, Street Fighter ou Darkstalkers, chegou a vez de Capcom Beat ‘Em Up Bundle, onde os clássicos da empresa estão juntos em um só título. No jogo em questão, temos uma infinidade de games que nos proporcionam pura nostalgia, afinal, quem não conhece Capitão Comando, King of Dragons e Knights of The Round?

A coletânea foi lançada em 18 de setembro e temos ao lado dos títulos já mencionados: Final Fight  e Warriors of Fate (1992) — todos tendo recebido versões para consoles ou ports no passado. Considerando que nunca joguei os outros jogos que também estão na coletânea, digo que Armored Warriors e Battle Circuit, que na verdade não haviam sido lançados para console, somente estarão disponíveis na era dos emuladores. Visualmente, os jogos mencionados não ganharam nenhum tipo de remasterização aparente, mas mantém a nostalgia viva de que podemos jogar clássicos vintages entre a década de 80 e 90 sem utilizar meios alternativos. 

Hoje, tem sido bastante comum jogos antigos serem revividos e a Konami, por exemplo, voltar com Castlevania Symphony of the Night, lançado originalmente para Playstation 1, um game bem quisto pelo povo que ama side-plattform-scrollers das antigas. Para quem nasceu por volta de 2000, hoje com 18 anos, sequer tem ideia de que jogos são estes, visto que cada vez mais jogos são lançados com gráficos de última geração, e essa nova geração de jogadores, em sua maioria, desconsideram totalmente esses títulos revividos aos amantes da nostalgia.

O principal foco desta coletânea é permitir que o jogador consiga se divertir com colegas em partida on-line cooperativa. As coisas estão cada vez mais digitais, fica difícil um amigo ir até sua casa para ter aquela sensação de jogar um multiplayer off-line, então a Capcom concedeu aos jogadores essa pérola que é poder jogar com seus amigos, mesmo cada um em sua casa. Ainda não há a possibilidade de crossplay entre as plataformas, mas se você tem um PS4 e seu amigo também, essa ideia é perfeita.

Talvez o maior erro da coletânea esteja em algumas escolhas. Eu particularmente terminei todos os jogos da coletânea, mas bem que no lugar de Battle Circuit e Armored Warriors poderiam utilizar os jogos Cadillacs and Dinosaurs e Ghost and Goblins, por exemplo, que são muito mais bem quistos pela sociedade gamer do que dois títulos totalmente voltados para o público japonês. Até entendemos que, caso venha a ter um segundo volume da coleção, Cadillacs and Dinosaurs seria o carro chefe, forçando o jogador a comprá-lo somente por causa deste. Apesar da Capcom não ter criado este gênero, atualmente é inegável a importância dos side scrollers em nossa vidinha. Jogos como Double Dragon ou Golden Axe ajudaram a definir as bases, mas outros como Sundered, Cuphead e Hollow Knight quando lançados ganharam o grande público.

Podemos dizer que são títulos consagrados pela sua dificuldade até hoje. Apesar de termos os famosos continues infinitos, sabemos que no fliperama isso não era tão simples, visto que se fazia necessário pagar para continuar tentando zerar o jogo. A dificuldade ia aumentando gradativamente e as lutas com os bosses e mini bosses pelo caminho comiam alguns bons minutos de treino e tentativas sem sucesso. No geral, as recompensas de jogar um título das antigas valem a pena.

O VEREDITO

Vibrante e emocionante, temos aqui um collection que irá prendê-lo até completar todos os desafios. Se seus antepassados jogaram e você não, fica a dica. São horas de pura ação e nostalgia lutando contra exércitos de inimigos diversos, monstros incansavelmente perseguindo você nos mais diversos cenários com armadilhas mortais no caminho.

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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