REVIEW | ‘Dishonored Death of the Outsider’ tem uma boa narrativa com bom desfecho

Leandro Stenlånd

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26 de setembro de 2017

A franquia Dishonored se iniciou por volta de 2012 com a tendência de ser mais um jogo Stealh. O game trilhou um caminho de total sucesso ganhando assim sua sequência quatro anos depois. A lógica do jogo é fazer com que você seja um assassino supernatural adentrando em um mundo onde o misticismo e a indústria colidem totalmente.

No primeiro jogo, podíamos jogar com Corvo Attano, um fiel guarda costas da Imperatriz de Dunwall, uma cidade com o charme britânico do século 19. Em um ato de traição, surge o assassino da coroa, que mata a imperatriz em frente a sua pequena filha Emily Kaldwin. Assim, os desenvolvedores queriam montar uma narrativa meio que paralela, ou até mesmo um spin-off. Dishonored: Death of the Outsider possui cinco missões curtas mas que podem proporcionar bem ou mal muitas horas extras de gameplay, caso queira pegar todos os colecionáveis.

A narrativa mostra como suas alternativas durante o gameplay farão com que ações impensáveis correspondam a resultados intrigantes, conforme você participa de certas missões especializadas. Cada vez mais difícil de se aventurar no mundo dos games, o sistema implanta um formato de total risco em ações geradas por escolhas do jogador. O desafio por exemplo em Dishonored Death of The Outsider é totalmente constante, longe de abandonar a tradicionalidade vista nos títulos da franquia. A proposta do jogo permanece intacta, interessante e intuitiva.

CONFIRA ABAIXO NOSSO GAMEPLAY:

Aqui não existe uma forma correta ou errada de assimilar sua progressão, não existindo um percurso específico a ser seguido pelo jogador, ou escolha certa ou errada, ainda que seu personagem venha a ser uma assassina renomada. Será o jogador a decidir por onde quer ir para chegar ao local desejado, como pode usar os poderes disponíveis para fazer valer sua vontade, e até a sua postura (furtiva ou mais violenta) que ditará como o jogo se desenrola. As decisões tomadas vão muito além da praticidade, já que a forma que você jogar Dishonored vai moldar diretamente a sua experiência. Particularmente optei por ser uma real assassina, derrubando ou matando cada inimigo que via, fosse na surdina ou no maior caos (complicado ir frente a frente contra alguém), criando uma longevidade ainda maior ao jogo, além de possibilitar encontrar as famosas Runas e Amuletos de Ossos que estavam espalhados (e escondidos) pelo cenário e que são responsáveis pela evolução dos personagens.

A trama é muito boa com inúmeras revelações e segredos que recheiam ainda mais a narrativa de um Outsider e sua criação, desmistificando vários rumores sobre quem ele realmente é e de onde surgiu seja com furtividade, poderes sobrenaturais dentre outros poderes disponíveis que aumentam a imersão.

A missão de Billie assim como a natureza da assassina em si diverge do tema da campanha de Dishonored. A começar pelos poderes de Billi que são muito diferentes do que se costuma ver na franquia. Um dos poderes mais interessantes de nossa assassina é Semblance, que permite roubar o rosto de um NPC inconsciente. É uma ferramenta bastante útil visto que nossa assassina está sendo caçada e há cartazes dela em tudo que é canto e poucos a reconhecem na verdade. Há certos problemas com esse poder, visto que em certas situações parecia que os demais NPC’s interagiam justamente com a assassina e não com outro cidadão qualquer.

Além das missões, há contratos opcionais. Neste caso, são objetivos extras que podem ou não concluir. Estas missões são na verdade para você conseguir itens e moeda local. Algumas delas forçarão seu personagem a entrar e sair de um determinado canto sem ferir uma única pessoa, assim fazendo com que haja uma espécie de modo fantasma pra poder entrar nestes locais. Claro que poderá evitar esses objetivos extras e seus contratos, mas acredite que, indiretamente, os mesmos são essenciais para que durante sua experiência, tais ações possam encorajar você cada vez mais a continuar no jogo, aumentando o tempo de jogo.

Durante as missões, temos contato com mapas que são autênticos puzzles gigantes em que temos de explorar caminhos alternativos e usar os poderes de forma estratégica. Em todos os jogos da franquia, assim como o gênero de furtividade, ser descoberto em áreas restritas por patrulhas de inimigas é um suplício. Para se esconder por exemplo de pessoas em ritmo frenético por sua cabeça será uma tarefa árdua, visto que o combate direto é por demais penalizador. Estamos diante de um game com mecânicas estilo Styx e Assassins Creed. O jogo não fica muito atrás do que Wolfenstein, do mesmo estúdio. Se formos detectados, sentinelas e cães irão de encontro à nossa protagonista. Tentei por diversas vezes lutar mano a mano com soldados e vilões do jogo, mas não dá. Na prática o correto é imobilizá-los e esconder os seus corpos para que não sejam vistos. Até mesmo ruídos são perceptíveis e é esse detalhe que aumenta mais ainda a experiência. Há diversos meios de finalizar um inimigo de modo furtivo, desde cortar a cabeça, braço e até mesmo estrangulá-lo.

O maior problema foi a falta de costume em ter um personagem que possui life não regenerável, forçando o jogador a buscar comida para aliviar a tensão. Já quanto ao uso de armas, a quantidade é bem considerável variando entre letais e não letais. Como estamos de posse de uma assassina, boa parte de suas armas são fatais e em especial o braço mecânico que dispara dardos aparentemente elétricos e letais.

O jogo tem um bom gráfico, mas que ainda temos uma maior preferencia pelo que foi visto em Dishonored 2. Apesar do clima noir, o ambiente de Karnaca é praticamente igual, com razoáveis melhorias na ambientação desde o clima de destruição e miséria e puro cãos. Aqui estamos em uma temática altamente steampunk com animações  fluidas e refinadas.

VEREDITO

Dishonored: Death of the Outsider veio provar que o game continua firme e forte, conseguindo encantar os fãs da série e do gênero em especial por causa do fator replay, mesmo que não apresente algo realmente inovador. É uma espécie de despedida de um arco da narrativa que empolgou desde o primeiro game, e por isso mesmo até lançaram em formato digital um bundle com os três games de uma só vez para que possam vivenciar a trama da forma mais intensa. Uma coisa é certa: Este capítulo que a narrativa trilha poderia ser muito bem uma expansão do jogo e não um título separado, até pelas poucas horas de contato que temos.

Dishonored: Death of the Outsider foi analisado pela equipe do Blah Cultural no console Xbox One. O game foi gentilmente cedido Bethesda


 

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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