REVIEW | ‘How to Survive 2’ rende momentos de diversão e nada mais

Leandro Stenlånd

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22 de fevereiro de 2017

How to Survive 2 é um jogo no modo survivor lançado para consoles recentemente pela 505 Games. Sequência do sucesso de vendas How to Survive, o mais novo game da franquia foi lançado para a plataforma Steam em setembro de 2016, sendo que já bem no início de 2017, desembarcou no Playstation 3 e Xbox One.

À primeira vista, parece um jogo da geração Playstation 2. Situado 15 anos depois do primeiro, os jogadores se encontram em Lousiana após uma infestação pós-apocalíptica de zumbis. Você e seus amigos, seja em modo local ou não, devem, portanto, se unir para sobreviver. Com diversos itens à disposição, deverão fazer de tudo para ajudar o suposto doutor ‘Kovac’, que acaba ajudando na missão de combater os mortos-vivos. Kovac aparentemente tem um sotaque russo e lidou com armamentos estranhos biologicamente falando.

Em How to Survive 2, o que é oferecido fica muito distante daquilo que dele se esperava. Sabendo que  a única coisa que poderia salvar o jogo seriam pontos como trilha sonora e gráfico, é na jogabilidade e história que o jogo cai por água abaixo. Os gráficos são razoavelmente legais, bem trabalhados até, e guiam o jogador certamente em um ambiente pós-apocalíptico de forma agradável, mas acabam se complicando ao mesmo tempo na forma como a câmera se posiciona quando entramos num edifício, por exemplo, sobrepondo-se à transparências e ficando esquisito demais.

Por mais que a experiência com o modo multiplayer seja totalmente diferente da single, de qualquer modo, sempre haverá algo que o incomode. Você terá como opção chamar até 16 amigos e acessar o mesmo campo de ‘batalha’ no qual você se encontra. Juntos poderão contribuir para que sua missão seja mais afável e, consequentemente, mais rápida de ser concluída. Ainda assim, é válido lembrar que o nível de dificuldade também será maior com muito mais zombies na tela e tiro, porrada e bomba pra tudo que é canto. Usar o trabalho em equipe poderá ser sua salvação. Aliás, encontrar um parceiro online a fim de adentrar nesse jogo com você pode ser a tarefa mais difícil, na verdade, pois esperamos por muito tempo que outros jogadores se juntassem a nós em uma missão, mas conseguíamos ir, no máximo, em dupla. A vertente cooperativa não difere em praticamente nada daquilo que eu havia feito sozinho, ou seja, por mais que a premissa do jogo te imponha a jogar online com amigos localmente, sua solidão também será sinônimo de uma melhor experiência.

Um ponto positivo é o menu de crafting e atualização de seus itens, assim como a coleta (loot), que sempre possuem um certo propósito. Você poderá fazer seu craft seja de munição, buildings, armas e mais e consegue pegar do chão praticamente tudo. E isso é o que há de melhor no jogo. How to Survive 2 proporciona uma experiência imersiva por esse ângulo, fazendo com que o mesmo ganhe uns pontinhos a mais em meu conceito. Perdi (ou ganhei) bastante tempo procurando novas armas, itens e uma build satisfatória para seguir em frente em minha fatídica jornada. Um detalhe incoerente é a presença do cursor do mouse no jogo, visto que o mesmo foi convertido diretamente do PC para os consoles. Essa experiência de chegar ao menu desejado através do cursor foi bem corrosiva.

O modo segue a lógica RPG, ou seja, você mata inimigos e acaba sendo recompensado com pontinhos de experiência que são usados para, obviamente, melhorar seu personagem tanto quanto obter novas skills. Pontos de experiência serão usados para praticamente tudo no jogo e devem ser adquiridos em grande quantidade se quiser fazer algo decente pelo seu personagem.  O level do personagem e o level do mapa trabalham em total harmonia para que possa aumentar aquilo que se faz necessário, ou seja, seus pontinhos de status. Skills passivos também podem ser adquiridos com pontos de experiência, permitindo ao jogador lidar com mais dano ao inimigo dependendo da arma escolhida ou daquilo que consegue melhorar.

O VEREDICTO

How to Survive 2 não é o melhor jogo que já tive a ‘honra’ de experimentar. Ainda assim, para aqueles que gostam de Survival Horror, ele pode até lhe render certos momentos de diversão. O mapa é grandinho, se considerarmos que o jogo chega a ser um marasmo na mesma proporção. O game precisa ainda de muito amadurecimento, até tem um bom sistema de construção e crafting, e parece estar recheado de coisas para fazer. Mas como tudo é uma questão de gosto, a experiência não foi das mais agradáveis aqui, infelizmente.

TRAILER

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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