REVIEW | “Rainbow Skies” possui bom equilíbrio em todos os quesitos

Leandro Stenlånd

|

14 de julho de 2018

Quando o assunto é J-RPG, temos um emaranhado de títulos na praça, a EastAsiaSoft é uma representante de peso em solo asiático. Rainbow Skies é praticamente uma sequência de Rainbow Moon, lançado em 2012. O novo título utiliza diversas táticas para envolver o jogador, trazendo um conteúdo ainda mais robusto e com muito tempo de jogatina. O que mais vai prender o jogador será seu tempo total de jogo, no entanto, o maior problema do título poderá ser as batalhas por turnos que, muitas vezes, são conquistadas apenas com boas estratégias. Jogos em formatos menos casuais como este não são tão adoráveis e a maior queixa é o fato de precisar se teletransportar para um outro lugar onde as batalhas se iniciam.

Em Rainbow Skies, tudo o que temos são monstros para domar, personagens para melhorar e uma variedade de armas, equipamentos e habilidades oferecidas ao jogador.  São inúmeras possibilidades de personalização e desenvolvimento do personagem da trama. Várias missões paralelas, cidades e mais conteúdo empolgante vão manter você entretido por horas incontáveis. Até onde jogamos, foram quase 10 horas de gameplay e sequer havia sombra do final do jogo em um mundo colorido e brilhante, cheio de amigos e inimigos.

A parte visual é legal rodando em 1080p, mas com algumas inconsistências nos quadros por segundo. A arte é peculiar e bem interessante, fazendo com que os cenários tenham uma certa variedade. Mas você acaba não dando tanta atenção a eles depois de algum tempo.Para quem ainda tem um playstation 3 ou PS Vita, a compra de Rainbow Skies poderá lhe conceder mais do que apenas uma alegria, mas também total acesso em caráter de cross-buy às versões do sistema PS3, PS4 e PS Vita.

A história pode não ser uma das melhores, mas prenderá sua atenção. Estamos em um lugar chamado de Arca, onde os habitantes possuem vidas relativamente tranquilas, mas incapazes de voltar à terra firme, pois acredita-se que o mundo não é mais habitável, devido à poluição do local. São três protagonistas iniciais, sendo Damion, Layne e Ashly. Damion é um rapaz jovem que vive se embriagando e comete uma bobagem ao lado de seu examinador (Layne). Ambos acabam liberando monstros pelo local onde estão, enquanto Ashly é uma garotinha que acaba também cometendo outra lunatice: ao invés de acertar um feitiço num monstro, acerta Damion e Layne, que acabam caindo de Lunah e vão para a terra.

A aventura tem tom totalmente divertido e cômico em algumas partes, evitando cair no erro de conter textos ingênuos e rasos. Há um bom equilíbrio nesse quesito. Há muito diálogo no jogo e isso pode ser um problema para quem curte mais o gameplay do que a parte literária da coisa. Tudo bem que para entender a narrativa precisamos ler, mas não haveria necessidade de tanto texto assim.

Em relação à estrutura, para quem não entende de jogos do gênero tático, aqui estamos em uma plataforma que recordará um tabuleiro de xadrez. Cada personagem pode realizar um determinado número de ações por vez, podendo se movimentar pelo tabuleiro, o que também remete aos títulos da franquia Disgaea. É muito similar na verdade. Caso ande em direção a um quadrado onde um inimigo está, podemos realizar um determinado ataque, sendo ele básico ou com especiais. Em alguns momentos, além de recordar jogos de tabuleiro, também temos uma vaga lembrança de como Plants vs Zombies funciona. A dificuldade é bem parecida. Todos os combates necessitam de certa estratégia, não necessariamente lutando contra o tempo como em PVSZ, afinal, aqui o combate é por turno e não na forçação de barra.

O título permite personalização dos personagens, podemos utilizar várias armaduras e otimizar nossas armas em ferreiros, comprar livros que concedem habilidades e magias, aumentar nossos pontos de ataque e defesa, entre outros. Esteticamente, o jogo está longe de ser um primor da estirpe, mas é bonito. Os vilarejos são bem pequenos, mas bem desenvolvidos. Eanan Patterson assina a trilha sonora do jogo, sempre envolvente, o que ajuda e muito a tornar a exploração divertida e recompensadora.

O VEREDITO

Rainbow Skies é sim uma adição surpreendente e muito boa. Sua história, apesar de ser meio clichê, é bem atraente e o combate bem ajustado, compensando sua falta de ambientes interessantes. O jogo acerta muito mais do que erra, além de ser ousado e contundente nos moldes clássicos do RPG.

JOGO ANALISADO COM CÓPIA CEDIDA GENTILMENTE PELA EASTASIASOFT

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
O que sabemos sobre Wicked Boa noite Punpun Ao Seu Lado Minha Culpa Lift: Roubo nas Alturas Patos Onde Assistir o filme Lamborghini Morgan Freeman