Rock in Rio 2015 | Saiba o que rolou no quarto dia de festival

Blah Cultural

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24 de setembro de 2015

rir2015No terceiro dia do Rock in Rio 2015, a atração que abre o Palco Mundo será CPM 22, os paulistas estreiam no festival, trazendo o hardcore com os sucessos como “Dias atrás” e “Um minuto para o fim do mundo”. Depois teremos o ator Johnny Depp tocando guitarra na banda Hollywood Vampires, uma banda que tem em sua formação Alice Cooper e Joe Perry, em tributo a grandes lendas do rock. Pra anteceder  a grande atração da noite, Queens Of The Stone Age, um rock com fortes influências do rock dos anos 70 pra tremer o palco do evento. Por fim, System Of A Down, que sobe ao palco na virada da noite, colocando tradição e novas possibilidades lado a lado.

No Palco Sunset, as bandas paulistanas Project46 + John Wayne juntas prometeram fazer um show brutal e energético. Em seguida, é a vez da banda de rock americano,  Halestorm , dos irmãos Hale. E antecedendo a atração principal, a banda de heavy metal americano tida como uma das maias importantes na atualidade, Lamb Of God. E finalmente fechando as apresentações neste palco, a banda Deftones, que seria uma mistura de Alternative metal, art rock, dream pop, experimental rock, post-grunge, progressive rock ou rap metal… não importa, a palavra de ordem é diversão! 

+MAIS: SAIBA TUDO SOBRE O FESTIVAL!

::: PALCO SUNSET :::

 
:::PROJECT 46 + JOHN WAYNE
Por Rafael Mendonça
Nesta quinta- feira, dia 24 de Setembro, o metal deu as caras no Rock in Rio 2015. Na primeira apresentação Jonh Wayne representou o Metal brasileiro com letras em português, paradigma pouco usado atualmente. Diante de muita euforia e berros, que tremiam o chão, Wayne começou por ‘‘Passagem”, e logo em seguida mais três como ”Dois lados Parte I – Inferno”, ”Tempestade’‘ e ”Lágrimas”. Em seu show, se entregou totalmente à seu público, que parecia receber exatamente o que queria –  o lugar não estava absurdamente cheio, mas a energia dos presentes bastou. Em um momento Fabio Figueiredo, o vocalista, se atirou ao público, que ficou empolgado com a atuação. Sustentando seu show com frases de animação que entregava a seus fãs, mesmo que com suas palavras pesadas que refletem sua personalidade forte, Jonh Wayne abriu a segunda semana do Rock In Rio de modo espetacular aos adictos de rock pesado.
:::HALESTORM
Por Rafael Mendonça
A talentosa Lzzy Hale veio com a sua consagrada Halestorm e agitou o público do Sunset. A banda aquietou um pouco a paulera deixada por Jonh Wayne e Project 46, mas não deixando o metal de lado, é claro. Eles abriram o show com ”Love Bites (So I Do)”, ”Freak Like Me”, e ”It’s Not You”, que pertencem ao primeiro álbum do grupo, lançado em 2009. Os fãs, que já lotavam o espaço, que disputava hoje, ferrenhamente com o principal, mostraram animação e acompanharam a banda durante a apresentação.
As músicas novas como ”Amen”, ”Sick Individual”, ”Scream”, todas do disco ”Into the Wild Life”, também entraram no set list. Diante do amor expressado ao Brasil por Lzzy Hale, finalizou o show com ”I Miss the Misery”. O show ofereceu tudo que os fãs esperavam, mesmo em sua primeira estadia no nosso país, conseguindo sustentar a atenção e energia durante todo o espetáculo.
:::LAMB OF GOD
Por Rafael Mendonça
Lamb Of God, banda consagrada e uma das mais aguardadas da noite, mesmo estando no Palco Sunset, também pisou no solo sagrado do Rock in Rio. Eles voltaram após três anos – o último show foi em 2012, em São Paulo. Com uma multidão a seus pés, o grupo tocou diferentes músicas de diferentes tempos da sua carreira, e também presenteou os fãs com faixas inéditas.
Sob faixas como ”Still Echoes” e ”512′‘, Lamb levou seu sinistro som aos ouvidos de milhões de fãs ”endiabrados”. Eles passearam por todo seu acervo e tocaram canções dos seus variados CD´s como ”Walk With Me In Hell”, ”Redneck”, ”Now You Got Something to Die For”, ”Hourglass” e ”Laid to Rest”. O único disco deixado de fora foi o álbum “Burn The Priest”, de 99, porém deu um ótimo show aos seus fãs mais fiéis, com algumas surpresas, matando a saudade após três anos sem pisar nas terras tupiniquins.
:::DEFTONES
por Rafael Mendonça

Depois de quatorze anos, a banda Deftones, retornou ao Rock in Rio, sendo a última atração do palco Sunset, dando aos fãs vários ‘hits’ de épocas saudosistas, mas apresentando novas músicas. Com status de palco principal, a banda lotou o lugar e colocou a multidão para pular. As canções ”Engine No 9”, ”Be Quiet and Drive”, ”My Own Summer (Shove It), ”Head Up” e ”Knife Party” foram as primeiras faixas tocadas por eles, nesta dia do rock.

Chino Moreno também cantou ”Rockets Skates” e ”Sex Tape”, do seu álbum “Diamond Eyes”, de 2012. Com bajulações extras aos fãs, eles puxaram uma bandeira do Brasil em meio ao show e levaram o público à loucura. Chino ainda foi para galera e os fãs responderam aplaudindo e ovacionando a banda, que mostrou energia e um set com sucessos e muito certeiro, deixando todos com gosto de quero mais.

::: PALCO MUNDO :::

::: CPM 22
Por Ana Carolina Jordão
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Com a Cidade do Rock já lotada o CPM 22, uma das bandas aguardadas da noite, abriu o show com o sucesso “Regina Let’s Go” e apresentou um set list recheado de hits, que marcaram a adolescência de muitos dos presentes, em meados de 2000. Apesar de veteranos, é a primeira vez que a banda, que esse ano comemora 20 anos de carreira, teve oportunidade de participar do Rock in Rio e foi aprovada pelo público, que vibrou com a apresentação.

Logo no início, na canção “Tarde de Outubro”, um dos grandes sucessos da banda, a plateia fez questão de cantar junto e Badauí, líder da banda, demonstrou empolgação e que CPM 22 ainda tem muito gás para mostrar. “Dias Atras”, que integrou até trilha sonora de novela, fez o público cantar e pular – parecia que todos estavam animados em lembrar da adolescência e de uma época que o rock brasileiro estava em alta no país, o que deixa saudades até hoje. “ Muito obrigado pela recepção, foi o melhor presente que poderíamos receber em duas décadas de rock”, afirmou Badauí. A galera gritou  “Uh CPM, Uh CPM” em aprovação.

Quando “Não sei Viver Sem Ter Você” ecoou no lugar ninguém parou de gritar e a multidão cantou acapella o refrão da canção, que já figurou na lista das mais tocadas do Brasil. Como nem tudo é passado, a banda apresentou “Vida ou Morte”, do último CD de estúdio, e o cover “Sheena Is a Punk Rocker”, dos Ramones. “Isso é uma conquista, não só do CPM 22, mas da música underground, que agora sabe que um dia pode estar aqui”, disse Badauí, que estava feliz de comemorar 20 anos de carreira no evento.

O ponto alto foi “Um Minuto Para o Fim do Mundo”, onde os acordes cessaram e só os fãs eram ouvidos ao longo da Cidade do Rock –  quando o som da guitarra estava de volta todos pularam até o final da música, que agitou o lugar. Em “Não Vá Embora”, o vocalista desceu até o fosso para ficar mais perto dos fãs, que receberam o músico de braços abertos, acompanhando tudo de perto. No primeiro silêncio, o público gritou palavras contra a presidente Dilma e Badauí e o restante da banda deu apoio. “Quem planta bosta colhe merda”, incentivou.

No final, Badauí pediu para abrir a famosa rodinha no meio da multidão. Pedido feito, pedido atendido –  as famosas rodas punks foram abertas em meio ao público durante a canção “Desconfio”, a última da noite. O CPM 22 mostrou que ainda tem muito fôlego para mostrar dentro do rock nacional, que sumiu ao longo dos anos, dando espaço para o pop e outros ritmos. A banda saiu muito aplaudida do show, onde comemorou 20 anos de carreira, e provou que poderia ter sido facilmente convocada antes para o Rock in Rio.

::: HOLLYWOOD VAMPIRES 
Por Rafael Mendonça
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Apesar do Hollywood Vampires – banda liderada por Alice Cooper, com Joe Perry, guitarrista do Aerosmith, e o ator Johnny Depp – ter se apresentado apenas três vezes até hoje, se sustentou muito bem no show, apresentando musicas cover’s, como de costume. Era a primeira vez de Depp em um festival, inclusive, mas ele e a banda mandaram bem, mostraram atitude e cativaram o público, que mostrou empatia com a banda e entoou as canções.

Com imagens dos ícones do rock ao fundo, como Jimmi Hendrix, John Lennon e Jim Morrison, a banda ofereceu a faixa inédita ao público brasileiro, nomeada ”Raise the Dead” e covers como”Cold Turkey”, ”Five to One / Break On Through (To the Other Side)” e ”Manic Depression”, que fizeram a platéia vibrar e cantar juntamente com os roqueiros, que tinham a marca dos dentes de um vampiro em seus pescoços, como referência ao nome da banda.

Artistas como Duff McKagan, Matt Sorum, ex-Gun N’ Roses, Zak Starkey (filho de Ringo Starr e atualmente com The Who), e Lzzy Hale, que estava mais cedo no evento, somaram à grandiosidade da apresentação com músicas como ”Whole Lotta Love”, de Led Zeppelin, que movimentou os fãs e esquentou o clima na Cidade do Rock. O guitarrista Andreas Kisser, do Sepultura, também fez uma participação tocando ”School’s Out”, de Alice Cooper, e ”Another Brick on the Wall (Part 2)” de Pink Floyd. Apesar de toda atenção ao queridinho do público, Johnny Depp, que assumiu a guitarra, o Hollywood Vampires convenceu a galera e manteve o público para cima durante todo o show.
::: QUEENS OF STONE AGE
Por Rafael Mendonça

Depois da polêmica de 2001, quando um dos integrantes do Queens tocou praticamente o show inteiro pelado, a banda volta com uma apresentação, de certa forma perfeita ao que se propõe, seja nos acordes, no timbre, som, músicas expostas, e na energia passada ao público, que ocupava todos os centímetros quadrados possíveis do palco Sunset para acompanhar a banda.

Privilegiando faixas mais recentes, o Queens Of The Stone Age tocou ”My God is the Sun”, ”Smooth Sailing”, ”I Sat the Ocean” e ”The Vampire of Time and Memory”, e que levou uma adrenalina sonora incrível aos fãs, que ovacionaram a banda, tão aguardada durante anos e um dos pedidos mais frequentes que Roberto Medina, criados do Rock in Rio, ouviu. Os fãs cantaram do início ao fim, com uma empolgação além da conta, mesmo com o calor intenso que fazia na Cidade do Rock. A multidão foi à ebulição no clássico “No One Knows” e acompanhou ventilando fanatismo.

::: SYSTEM OF A DOWN
Por Ana Carolina Jordão
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Ovacionados desde os primeiros acordes, o System Of a Down fez um show apoteótico no Rock in Rio. Há dez anos sem lançar nenhum disco, e pela segunda vez no Rock in Rio, a banda fez apresentou um set list competente, com 27 músicas e cheio de sucessos, que levaram o público à loucura.  Até agora, foi uma das atrações mais animadas do festival, chegando muito próximo ao feito da banda Queen de melhor grupo do evento.

Na primeira música “K.i.t.t” eles já mostraram que vieram para dar um baita show e as  rodas punk já estavam formadas pelos fãs, que esperavam fielmente desde as 14h – podíamos ver também fogos sinalizadores no meio do público, que pulava e vibrava a cada som. Quando começaram os primeiros acordes de “Aerials” os todos gritavam “Oh oh oh” e, quando Serj Tankian apareceu tocando guitarra, muitos nem notaram, pois pareciam estar em devaneios enquanto cantavam a música em alto e bom som. Em seguida, a Cidade do Rock veio abaixo com o hit “BYOB”, um dos mais conhecidos da banda, que fez com que os fãs ficassem enlouquecidos e cantassem e pulassem a plenos pulmões, com uma energia inacreditável.

 O ponto alto foi quanto eles tocaram “Chop Suey” e foram acompanhados em uníssono pela plateia no refrão. Em “Lonely Day”, Serj Tankian foi para o piano e o guitarrista Daron Malakian assumiu os vocais e o público aplaudiu e ovacionou gritando “Ole ole ole, System, System”. Não deixando morrer o clima, que estava lá no alto, ainda teve “Question!”, uma das mais famosas da banda, que fez todos cantarem de ponta a ponta.

Chino, do Deftones, foi convidado ao palco principal, para cantar “Toxicity”, considerada a canção mais esperada do System Of a Down no evento e Malakian foi claro no meio da apresentação, mandando os fãs fazerem grandes rodas. “Quero ver as suas rodinhas aqui e ali. Agora todo mundo rodando”, pediu ele, que fez em seguida a Cidade do Rock lotar de grandes rodinhas.  “Sugar”, do primeiro álbum, escolhida para fechar o show, fez a multidão pular do início ao fim. Com um show energético, sem muitas firulas e de botar qualquer um para curtir, o System Of a Down se despediu, em um dos poucos momentos de interação com o público. “ Muito obrigado Brasil”, se despediu Serj Tankian.

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