Royal Blood no Brasil: saiba como foi o show no Rio de Janeiro

Banda retorna ao Brasil após 5 anos - Foto: Bruno Oliveira / Ultraverso

Royal Blood faz show poderoso no Circo Voador

Bruno Oliveira

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4 de maio de 2024

O Royal Blood acabou de passar pelo Brasil para duas apresentações: uma em São Paulo, 13/04, na Audio, e uma no Rio de Janeiro, 16/04, no Circo Voador. O duo composto por Mike Kerr (vocal, baixo e piano) e Ben Thatcher (bateria) já possui 10 anos de carreira e essa é a primeira vez que chegam ao nosso país para um show solo. Antes disso, já haviam comparecido no Rock In Rio 2015 e no Lollapalooza Brasil 2018. Agora, chegam para promover o álbum Back To The Water Below lançado em 2023.

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Essa vai ser a minha primeira resenha de um show do qual não sou exatamente um grande fã. Não estava muito inteirado com o som deles, mas logicamente fiz meu dever de casa a tempo para falar com propriedade. Já conhecia uma música ou outra, mas o fato que mais me chocou foi descobrir que aquele som distorcido e pesado que escutamos não é de uma guitarra, e sim de um baixo cheio de drive e efeito. Maravilhoso. Praticando uma mistura de hard rock, blues rock e até um garage rock, o duo oriundo da Inglaterra colocou os cariocas para pular e suar em plena terça-feira.

Devo mencionar que dessa vez minha namorada me acompanhou e ela sim, é uma super fã do Royal Blood. Então foi bom vê-la curtir o show enquanto eu conseguia analisar tudo em minha volta. Quando não sabia o nome de alguma música, perguntava e ela me respondia. Quando não conhecia uma canção, ela virava para mim com cara de “como assim?”, me fazendo me sentir mal e totalmente deslocado do restante do ambiente. Brincadeiras à parte, posso dizer que estive diante de um belo show do qual posso ter virado um fã de patente menor.

Abertura dos portões

Os portões do Circo Voador abriram pontualmente às 19h e estava bem vazio, mas tudo bem, o show só começaria às 21h. Assim permaneceu por bastante tempo até que de repente todos chegaram de uma vez só e quando menos percebi a pista e arquibancada do local já estavam cheias. Não estava lotado, mas tinha um bom público. Com um pequeno atraso de 10 minutos, o Royal Blood subiu ao palco com um requinte de “crueldade” tocando Boilermaker.

Royal Blood no Brasil: saiba como foi o show no Rio de Janeiro

Banda retorna ao Brasil após 5 anos – Foto: Bruno Oliveira / Ultraverso

Boilermaker

Usei a palavra “crueldade” porque ela se tornou, em um pequeno espaço de tempo, a minha favorita. Não esperava escutá-la tão rápido assim. Tudo bem, tem outras que gostava tanto quanto essa (um pouco menos talvez). Deixando minha pequena lamúria de lado, digo que ela é perfeita para começar um show mesmo. Um ritmo contagiante com um refrão que fica cantarolando em sua mente por dias que te faz pular e cantar até o seu fim.

Uma sucessão de clássicos e músicas novas

Em seguida veio Out Of The Black, oriunda de seu álbum de estreia, que já deve ser considerada como clássica pelos fãs. Nela, já tivemos a primeira ida do baterista Ben Thatcher lá no meio da galera. Aqui, ainda tímido. Depois veio a novíssima Mountains At Midnight e Come On Over, mais uma do álbum de estreia. O hit Lights Out também marcou presença e mais uma música nova é destilada no palco com Shiner In The Dark.

A música bônus do último álbum, Supermodel Avalanches, também deu as caras nesse setlist, seguida de Blood Hands e Trouble ‘s Coming. Typhoons é a próxima e devo dizer que está ali no meu top de músicas preferidas deles. Seu refrão fica na cabeça por muito tempo e enquanto escrevo essa resenha, vou cantarolando ela junto. Um ótimo momento deste show. Em contra partida, a próxima é Pull Me Through que posso dizer ser uma das que menos gosto.

Royal Blood no Brasil: saiba como foi o show no Rio de Janeiro

Banda retorna ao Brasil após 5 anos – Foto: Bruno Oliveira / Ultraverso

Little Monster

Segue com One Trick Pony e logo depois vem Little Monster. Uma ótima música que está na ponta da língua de todos. Além de ser um ponto alto do show, ela cria um clima muito bom no público. Nela, ainda temos tempo para um solo de bateria bem burocrático. Não animou e não fez feio, ficou ali em cima do muro, mas eu sou um entusiasta desses solos. Mesmo não sendo incrível, me fez ficar ali parado observando como se fosse algo divino.

Fim de show e bis

A próxima é How Did We Get So Dark?, nome que intitula o 2º álbum do duo, e encerra o show com Loose Change. Sempre temos um bis, e voltaram para tocar a ótima Ten Tonne Skeleton e Figure It Out, que talvez seja o maior clássico deles. Impossível negar a qualidade dela e ver todos pulando como se ainda fosse a primeira canção do show foi bom demais.

Conclusão

Pode não ter sido o show da minha vida e posso não ter cantado a plenos pulmões, mas é inegável o quanto eles são competentes e o quanto fazem um show poderoso com apenas poucos instrumentos. Mike Kerr leva o público com seu baixo potente e atende a pedidos de fãs (pelo menos os que deu), e fico impressionado com o som que ele extrai de seu instrumento. Ben Thatcher aparece menos, mas quando aparece é para ser memorável. Se tacou na galera por duas vezes, sendo que na segunda, percorreu toda a pista sozinho, milagre não ter voltado pelado. Sempre com a bandeira do Brasil ao lado e muitas vezes sem saber o que fazer com ela, também consegue fazer com que sua bateria extrapole a audição e faça você sentir aquela batida no meio do peito. Um show competente que me divertiu como deveria.

Por fim, não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do Ultraverso que fala sobre Cultura Pop:

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Setlist do Royal Blood no Brasil

Boilermaker

Out of the Black

Mountains at Midnight

Come on Over

Lights Out

Shiner in the Dark

Supermodels Avalanches

Blood Hands

Trouble’s Coming

Typhoons

Pull Me Through

One Trick Pony

Little Monster (com solo de bateria)

How Did We Get So Dark?

Loose Change

Bis

Ten Tonne Skeleton

Figure It Out

Bruno Oliveira

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