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Foto: Divulgação / Rock in Rio

Living Colour e o poder da atemporalidade

Cadu Costa

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2 de setembro de 2022

A banda americana Living Colour já tinha sido saudada mais cedo durante o Rock in Rio 2022 no show do Black Pantera + Devotos. Naquele momento Charles da Gama falou sobre a importância de Vernon Reid, Corey Glover, Doug Wimbish e William Calhoun na formação do grupo.

E, com certeza, o Living Colour – junto com Jimi Hendrix – são responsáveis por influenciar qualquer pessoa preta que resolveu colocar a mão em uma guitarra. Não à toa, são ícones de rock, espíritos eternos que detém o poder da atemporalidade.

Os adjetivos são poucos para exemplificar a aula de rock and roll unida à música de protesto e o grito por democracia que vimos no show do Living Colour no palco Sunset. Se hoje em dia, muitos assumem o perfil reacinha da música pesada hoje ainda existem bandas como essa para lembrá-los de que lado a arte sempre esteve.

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‘Vote’ e ‘democracia’

Começaram com “Middle Man”, clássico de 1988 antes de dedicarem o show à memória da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. E o show foi extremamente político com outras canções sendo intercaladas com momentos como quando o vocalista Corey Glover levantou uma placa escrito VOTE de um lado e DEMOCRACIA do outro. Foi o sinal para uma sonora vaia de 30 segundos ao ainda presidente Bolsonaro.

Musicalmente falando, a banda ainda entrega o melhor de trabalhos como os três primeiros discos: “Vivid” (1988), “Time’s Up” (1990) e “Stain” (1993). O guitarrista Vernon Reid é um show à parte e o baixo de Doug Wimbish chega a ser pornográfico em músicas como “Type”. Fechando a cozinha o tempo a tempo perfeito de William Calhoun na bateria. Já o vocalista Corey Glover não tem explicação menos do que mágica para o alcance de sua poderosa voz.

De Led Zeppelin a Jimi Hendrix

Entre um grito de “Fuck Fascism” e outro, temos a segunda parte do show com a chegada de um dos maiores guitarristas de todos os tempos, Steve Vai. A pauleira começa com “Rock And Roll”, do Led Zeppelin, que levanta ainda mais o público. O momento de homenagem continua com a lembrança dos 80 anos de Jimi Hendrix ao tocarem “Crosstown Traffic”.

O final apoteótico vem com um dueto de Vai e Reid para o maior hit do grupo, “Cult Of Personality” onde Glover despeja todo seu vozeirão para terminar pedindo ao público incessantemente que não deixem de votar. Épico!

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Setlist do show do Living Colour no Rock in Rio 2022

Middle Man

Desperate People

Ignorance Is Bliss

Wall

This Little Pig

Type

Time’s Up

Rock and Roll (Led Zeppelin cover com Steve Vai)

This is the Life (com Steve Vai)

Crosstown Traffic (Jimi Hendrix cover com Steve Vai)

Cult of Personality

Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
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