Star Wars gerações

Como Star Wars conquistou três gerações diferentes

Pedro Marco

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4 de maio de 2021

Estamos vivendo um momento único para a cultura nerd e geek dos cinemas. Vingadores: Ultimato segue com chances de ser a maior bilheteria da história e uma geração inteira aplaude esse fenômeno que cresceu acompanhando. Mas onde isto começou? Será em 2008, quando esta onda de filmes de heróis explodiu? Ou um pouco mais antes, digamos… em 1977?

O jovem George Lucas foi o ponta de lança para esta cultura, quando em uma época sem grande visibilidade para aventuras mais jovens e de ficção ou fantasia, lançou o primeiro blockbuster da história. Nosso primeiro arrasa quarteirão que quebrava recordes de bilheteria, público, marketing e enchia os assuntos de todas as idades.

É por isso que ainda hoje mesmo com toda essa febre de Thanos, pegamos nossos sabres de luz, celebramos, depois de tantas gerações, a primeira grande franquia dos cinemas: Star Wars.

Primeira trilogia

Com três filmes lançados até 1983, a chamada “trilogia clássica” trouxe uma história fechada e que marcou para sempre uma geração. Com o início dos lançamentos de livros, quadrinhos, bonecos e toda a sorte de materiais que alavancavam Star Wars como uma marca tão expansiva quanto a Coca-Cola, os fãs teriam de aguentar 16 anos sem ver algo daquela história nos cinemas. Em 1999, próximo à virada do milênio, George Lucas teria de se reinventar e apresentar sua obra para uma nova geração completamente diferente.

Segunda trilogia

Os episódios 1, 2 e 3, lançados em forma de prequel, apostavam suas fichas em excessivos efeitos visuais, substituindo as inovações práticas dos primeiros filmes. Além disso, tentavam surpreender mesmo contando uma história passada, cujo final já era esperado. Pela primeira vez, Star Wars sofria críticas mistas. Enquanto uma nova geração era inserida naquele universo, que passaria a apostar em desenhos animados e na reciclagem de outras mídias já abordadas, os fãs antigos torciam o nariz para as mudanças, apesar de se manterem firmes consumindo tudo o que aparecia.

Até ali, Star Wars atraverssou gerações e era o grande fenômeno isolado dessa cultura nerd. Foi o responsável pela criação de convenções, como a Comic Con, iniciou a onda de relançamentos de filmes em edições remasterizadas, corrigidas ou convertidas em 3D, mas novamente suas produções cinematográficas entrariam em um hiato.

Nas mãos da Disney

Desta vez, 12 anos separaram os filmes e uma inusitada compra pela Disney assustava os fãs mais antigos, mesmo vendo a revitalização que a empresa realizava com a Marvel e a Pixar. Era 2015, ou seja, 38 anos depois daquele lançamento inusitado que iniciou toda essa onda cultural. Mas ainda assim, neste mundo completamente atualizado e conectado, Star Wars conseguiu se estabelecer para uma terceira geração.

A sagacidade das novas mãos de Kathleen Kennedy e J.J. Abrams soube apostar nos temas que o público novo mais queria: nostalgia, assim como representatividade, humor e uma ação mais rápida e dinâmica. Era, certamente, um novo Star Wars. Entretanto, quase 40 anos de diferença, não impediram que o filme arrecadasse US$ 2,06 bilhões e se tornasse a terceira maior bilheteria do cinema na sua época.

Enfim, depois de todos estes anos de história, de tantas gerações, acrescidos de polêmicas, spin-offs e o adeus para grandes nomes dos filmes originais, uma nova trilogia de Star Wars chega ao fim. É, de fato, a linha final para a saga dos Skywalkers, em um fechamento que durou quase meio século. As constantes reciclagens e reinvenções funcionaram, falharam e trouxeram novamente divisões de opiniões.

O Mandaloriano

Como se não bastasse, a saga veio parar agora nas telinhas, mais especificamente no streaming do Disney+. O Mandaloriano (The Mandalorian) é uma série que ocorre após a queda do Império, conforme retratado em O Retorno de Jedi, e antes do surgimento da Primeira Ordem, retratada em O Despertar da Força.
A série conta a história de um caçador de recompensas mandaloriano independente “nos confins da galáxia, longe da autoridade da Nova República, sempre buscando formas de fazer melhorias em sua armadura, até que em uma missão ele acaba encontrando um ser misterioso que precisa de sua ajuda, chamado Grogu, também conhecido como “A Criança”, ou, para os mais leigos, uma espécie de bebê Yoda.
Portanto, ainda estamos longe de ver a franquia se extinguir. Sendo assim, não esqueça: May the 4th be with you.

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Pedro Marco

Pedro Px é a prova de que ser loiro do olho azul e com cabelos e barbas longas, não te garantem ser parecido com o Thor. Solteiro, brasiliense e cozinheiro, se destaca como autor de 7 livros, host do Pipocast, membro da Academia de Letras de sua cidade, fundador de Atlética universitária, padrinho da Helena, e nos tempos livres faz 40h semanais como engenheiro civil. Escreve sobre cinema desde que tudo aqui era mato, sendo Titanic seu filme favorito
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