Cinco desenhos animados que certamente você não se recorda de que assistiu

Leandro Stenlånd

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25 de março de 2018

A nostalgia é algo que mexe com nosso ímpeto. Muita gente não sabe, mas por uma questão de tempo, raramente recordamos de coisas do passado. Mas será que você recorda que assistiu a certos desenhos? Lembram de Nossa Turma, Frankenstein JR, Os Seis Biônicos, O Gênio Maluco e Os Caça-Fantasmas da Filmation?

Claro que há muito mais desenhos por ai que certamente nem se recordam que assistiram em sua infância, mas vou listar cinco deles que nem eu lembrava que assisti. Alguns  criados nos anos 60 e 70, só chegaram aos nossos olhos por volta dos anos 80. Vamos lá?

Nossa Turma

Nossa Turma foi um desenho animado que muito assisti na década de 90, mas o desenho foi produzido em 1980  por Nelvana e pela DiC Entertainment originalmente para exibição nas redes de televisão norte-americanas Nickelodeon e CBS.

No Brasil foi exibido pelo SBT e não me recordo se outras emissoras tiveram a chance de retransmitir, mas este desenho ficou no Sistema Brasileiro de Televisão por aproximadamente um ano ininterrupto. Assim como os Ursinhos Carinhosos, era um desenho totalmente inocente e contava com as aventuras de uma turma de doze animais pré-adolescentes liderados por Montgomery, sempre valorizando o espírito de equipe e o companheirismo entre eles. Foram produzidos 26 episódios ao todo, mas no Brasil foram exibidos apenas 22.

A trama mostrava um grupo de amigos que sempre se encontravam e em meios às brincadeiras, fosse andando de patinete, patins, brincando de gangorra e sempre tinha como foco a importância de viver em harmonia com seus amigos de infância, cuidar uns dos outros e amar ao próximo fosse quem fosse, e isso incluir amar seu inimigo. Cada um dos personagens tem defeitos, mas ao longo do programa aprenderam a superar esses defeitos com a ajuda uns dos outros.

Cada personagem tinha uma habilidade. Um gato chamado Zipper era o esportista e sempre incentivava os outros da equipe a fazerem exercícios, enquanto a ovelha Vilma, que era muito vaidosa; também passava uma mensagem de que é bom sempre andar arrumadinho. Enquanto alguns possuíam um bocado de qualidades, a cachorrinha Dotty, era muito desastrada e desajeitada. Sempre tínhamos que aprender com a qualidade e defeito uns dos outros.

Os Seis Biônicos

Ta ai um desenho que muitos nem sequer chegaram a conhecer. Passou por muito pouco tempo no SBT. Os Seis Biônicos (Bionic Six) foi um desenho animado lançado na década de 80, mas que somente chegou no Brasil próximo do início dos anos 90 e que foi baseado nos seriados, O Homem de Seis Milhões de Dólares e A Mulher Biônica. No seriado o casal biônico tem 4 filhos, todos eles com implantes biônicos que concede a eles capacidades sobre-humanas, como super força, super pulo, dentre outros. O desenho foi ao ar pela primeira vez no Brasil na emissora SBT.

Lembro muito bem quando tudo começou. Foi quando o piloto de testes Jack Bennett e sua família estavam em uma missão nas montanhas do Tibet. Jack já era o Biônico 1, trabalhava e treinava sob a tutela do Professor Amadeus Sharp, o cientista que lhe concedeu tais poderes biônicos. Porém, durante a missão, uma imensa avalanche soterrou sua esposa Helen e seus quatro filhos (Eric, Maggie, J.D. e Bunji), deixando-os em estado de coma terminal. Jack, mesmo com seus miraculosos poderes, não conseguiu evitar a tragédia.

Na minha infância lembro que ficava brincando de biônicos com 2 amigos meus. Eramos Everton, Ricardo e Eu, mas ficávamos frustrados que não havia mais com quem completar o sexteto, então cada um de nos tinha dois biônicos dentro de nós, e sim, até mesmo a parte feminina (rs).

O maior vilão do desenho era Doutor Escaravelho, irmão de sangue de Amadeus Sharp. Apesar de sua aparência grotesca, ele era gordo e todo enrugado, vestia-se como uma espécie de médico e tem um olho direito biônico, uma orelha direita super-auditiva, lábios fortemente avermelhados e que mais parecia um homem usando batom. Ele é cruel e impiedoso, diferentemente de seu irmão, deseja possessivamente a vida eterna e não medirá nenhum esforço, mesmo para com Amadeus, em atingir seus pérfidos objetivos. Ele criou seus cinco subordinados (Glove, Chopper, Klunk, Mecânico e Madame-O) através de manipulações bio estruturais genéticas com ex-condenados e ex-pacientes mentais em estado terminal. Mas os 6 Biônicos serão sempre uma pedra em seu caminho.

Os Caça Fantasmas (Filmation Ghostbusters)

Diferente do que se imagina, os Caça-fantasmas da Filmation (Criadora de He-Man e She-ra) nada tinha a ver com o filme que tinha o Geleia como personagem caricato. Em 1984 a Columbia Pictures lançou no meado do ano o filme; GhostBusters (Os Caça Fantasmas) que rendeu uma tonelada de dinheiro aos estúdios. A Filmation aproveitando o interesse do público por fantasmas se preparou para ressuscitar sua própria criação adormecida numa versão animada, tratava-se da volta dos Ghostbusters de uma outra forma. A tendência de caçar seres espectrais era a mesma, mas a execução precisava ser um bocado diferente. O nome do desenho também foi um empecilho visto que seria igual ao do filme produzido pela Columbia e o mesmo do seriado original no qual a nova produção era baseada.

Depois de uma ação judicial, o desenho produzido pela Filmation (Ghostbusters) ganhou na justiça e manteve o nome da série original.

A única coisa que os seriados tem em comum é a ideia de capturar espíritos maus. O desenho da Filmation juntou Tracy o macaco com os dois filhos crescidos dos caçadores originais: Eddie e Jake, perseguindo os fantasmas malignos. Novos personagens surgiram no desenho: A repórter Jessica, A guardiã do tempo Futura, um mascote metade porco e metade morcego, uma casa assombrada, um carro com opinião própria e muitas outras novidades.

Líder Mal ou Senhor Maligno era o chefe dos vilões que comandava a zona fantasma, com a ajuda de um time de criaturas tentavam sempre destruir a raça dos Ghostbusters.

O Gênio Maluco

O Gênio Maluco também conhecido como Bob o Gênio, chegou ao Brasil na década de 80. Recordo que passava na antiga TV Record e eu tinha aproximadamente uns 7 anos, ou seja, passou por aqui realmente chegando no final dos anos 80. Não sei se passou antes, mas tudo indica que sim, visto que também foi transmitido pelo SBT, a extinta TV Corcovado e a TV Globo das quais não lembro da transmissão.

A história começa com o garoto Zeca encontrando uma velha garrafa vermelha. O excesso de poeira faz com que ele espirre, e de dentro da mesma surge um atrapalhado Gênio que passa a ser seu amo. Uma característica interessante é que o gênio é louco por bolinhos de carne e tem uma filha, a Gêniazinha , que aparece quando alguém boceja. Eu ficava muito doido e feliz quando ele comia bolinho de carne e praticamente passei a gostar de bolinhos de carne moída justamente por causa dele.

Frankenstein JR

Frankenstein JR fez parte de minha infância. Esse desenho era transmitido em seguida ao dos Impossíveis. Não necessariamente baseado nos contos de Mary Shelley, mas lembra um bocado o romance do Moderno Prometeu. Essa aventura apresentava de Bob Conroy, filho de um cientista renomado e de seu robô Frankenstein Junior. O desenho foi criado pela Hanna-Barbera em 1966 e só chegou aqui no Brasil por volta dos anos 80.


Diferente da figura aterrorizante que os contos de Mary Shelley em sua maioria vão lembrar, assim como vimos em Penny Dreadful, uma figura até próxima a isto, a figura amável do Monstro já tinha uma aproximação grande com o público infantil e a ideia de transformá-lo em super-herói e fazê-lo lutar pelo bem foi usada por Hanna e Barbera no desenho intitulado Frankenstein Jr.. A animação transforma o monstro do livro num gigantesco robô com super poderes, pronto para combater todos os tipos de vilões.

Eu cheguei a ter um gibi desse desenho, mas não me recordo ao certo como era. Lembro que o sucesso em nosso país rendeu essas tais histórias em quadrinhos.

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
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