O Tabuleiro de Dania Festival Assim Vivemos 2021 ingressos programação virtual presencial

Assim Vivemos 2021: festival tem sessões presenciais

Wilson Spiler

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10 de dezembro de 2021

As sessões presenciais da 10ª edição paulistana do Assim Vivemos 2021 – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência terminam na próxima segunda-feira (13), no Centro Cultural Banco do Brasil SP. Até lá, o público poderá conferir 29 produções em três sessões: 14h,16h e 18h. Todas com entrada franca. Depois desta data, o festival segue online até 20 de dezembro com debates e filmes através do site do evento.

Sexta-feira no Assim Vivemos

Na sexta-feira, 10, às 14h, o festival traz o longa-metragem espanhol “Sete Léguas”. O filme mostra o trabalho conjunto e em um mesmo palco crianças com deficiência motora e integrantes de uma pequena companhia de dança. Antes do longa, o público terá a oportunidade de assistir ao curta-metragem “Juntos”. A produção aborda o trabalho colaborativo entre as companhias de dança Body Shift de Austin e a Merge Dance Company.

Na sessão das 16h, é a vez dos médias-metragens “Minha amiga do sanatório” e “E elas eram colegas de quarto”. O primeiro narra a saga de Nina, uma jovem de 27 anos, residente de uma fundação para pessoas com deficiência de aprendizagem até abril de 2020. No entanto, em decorrência do isolamento social imposto pela pandemia, saiu da instituição fechada para viver em um apartamento em Moscou.

Por outro lado, o segundo filme se concentra em duas colegas de quarto na faculdade. Kylie (uma estudante do primeiro ano de Educação); assim como Olivia (uma caloura não matriculada que estuda Artes e que se identifica como uma pessoa com deficiência). Portanto, novatas em suas funções, elas descobrem que a tutoria inclusiva de duas colegas e a amizade no meio universitário vêm acompanhadas de um conjunto de desafios, sucessos e emoções.

Documentário brasileiro

Em seguida, “Não me esqueci de você” será exibido às 18h. O documentário brasileiro aborda a educação inclusiva, e ouve diferentes vozes do processo educacional – pais de alunos, bem como professores da rede pública e especialistas na área. Assim, e busca sensibilizar sobre a responsabilidade social e política da inclusão de alunos.

Sábado no Assim Vivemos 2021

No sábado, 11, a partir das 14h, a produção “13 Kilômetros” acompanha um homem cego que caminha sozinho da sua casa até a aldeia, enfrentando o rigor do inverno na zona rural do Cazaquistão.

Na sessão das 16h, o público poderá conferir quatro curtas-metragens e um média-metragem. Os curtas são: “Prezado Doutor”, cujo principal objetivo é influenciar a comunidade médica para garantir que todos os pais recebam o diagnóstico de síndrome de Down com compaixão, informações atualizadas, suporte adequado e esperança; assim como “O tabuleiro de Dania”, sobre uma ótima jogadora de damas com quem ninguém quer jogar; o argentino “A primeira lei”, um relato da intimidade do vínculo entre duas irmãs; e, por fim, o espanhol “O aniversário de Estela”, que acompanha a surpresa que a mãe prepara para os filhos, em virtude do aniversário de Estela, a protagonista da produção.

Encerrando o programa, o média-metragem brasileiro “Fale Conosco” aborda a comunicação de pessoas com deficiência. Então, fechando o dia de exibições, às 18h, é a vez do documentário brasileiro “O artista e a força do pensamento”. O filme narra a trajetória do dançarino e performer com paralisia cerebral Marcos Abranches.

Assim Vivemos: domingo

Domingo, 12, às 14h, a programação é formada por três curtas. “Quatro sentidos” acompanha a seleção de futebol de cegos da Costa Rica em uma partida contra um time de rapazes sem deficiência. Eles conversam sobre suas vidas e como descobriram o esporte.

Por outro lado, o russo “B1”, narra parte da trajetória de Sergey, que perdeu a visão aos seis anos. Na ocasião, ele foi pisoteado por um cavalo e é hoje é jogador de futebol. Já “Imbatível Bunina” conta a história da atleta  13 vezes campeã de queda de braço, competindo como atleta com distúrbios musculoesqueléticos. Por isso, é tida como a mulher mais forte do planeta.

Além disso, a partir das 16h, estão na programação os seguintes filmes: “As belas cores de Jeremy Sicile-Kira”, que usa a pintura para transcender a deficiência e comunicar os sonhos do protagonista a outras pessoas. O israelense “Nino”, que mostra como o portador de poliomielite escolheu a liberdade de se mover e tocar a beleza que vê na humanidade através das lentes de sua câmera.

“Volta” traz a história de um orgulhoso homem com deficiência que não vai parar por nada até ver sua novela semiautobiográfica ganhar vida. É a inusitada jornada pelo universo da deficiência, da autoria e da representação. A sessão será finalizada com o iraniano “Arghavan”. O longa, aliás, acompanha momentos da vida de uma musicista e cantora com deficiência visual.

Três produções no mesmo horário

Às 18h, o público terá a oportunidade de conferir três produções, uma americana e duas russas. O americano “Sempre positivo” mostra como o ex-presidente do Comitê Paraolímpico Internacional guiou a maior organização de esportes adaptados do mundo ao se tornar um líder global para a mudança social.

O documentário russo “Incapazes?” fala as pessoas declaradas incapacitadas pelo Estado, por assistentes sociais e por parentes mais próximo; bem como o também russo “Deus ama Porkhov” retrata o trabalho da instituição de caridade Rostok, que ajuda órfãos com deficiência intelectual a ganhar liberdade e ter uma família.

Assim Vivemos: último dia

Na segunda, 13, será a última oportunidade para o público acompanhar o festival presencialmente nas salas do CCBB São Paulo. A partir das 14h, os dois primeiros filmes do dia são: “Eu sou Irina” e “Mulheres surdas me contaram”.

O primeiro é um curta-metragem sobre uma mulher que perdeu a visão e a audição em um acidente e encontrou no teatro um motivo para viver. O segundo filme é realizado pela cineasta Marie-Andree Boivin, surda desde os três anos de idade e defensora dos direitos dos surdos e das pessoas com deficiências auditivas. Além de sua trajetória, a diretora retrata histórias de surdez contadas por mulheres surdas, a partir de suas percepções e memórias. Tudo diretamente vindo da experiência surda e não de pesquisas produzidas por ouvintes.

Às 16h, exibição de dois filmes: “Movimento”, um documentário brasileiro com a história de Adilson – um homem surdo, nascido no interior do estado de São Paulo, que teve contato com a Língua Brasileira de Sinais (Libras) durante a infância e, após concluir seus estudos, tornou-se professor dessa língua.

“Com S Maiúsculo” é umaprodução italianaque mostra as dificuldades que os surdos enfrentam diariamente, como acesso à informação, à cultura, à educação e à formação ao longo dos tempos.

A partir das 18h, estão na programação três filmes brasileiros. “Seremos ouvidas”, quecompartilha as lutas e trajetórias de três mulheres dento do movimento feminista surdo.  “Silenciadas: em busca de uma voz” que tem como objetivo “dar voz” às mulheres com deficiência e “Uma parte de mim”, com relatos de pessoas com diferentes deficiências (incluindo a diretora), que refletem sobre vida e sexualidade.

Acessibilidade

Todos os filmes contam com recursos de acessibilidade como a audiodescrição e as legendas LSE (para surdos e ensurdecidos), além interpretação em LIBRAS. Os debates ao vivo têm interpretação em LIBRAS e serão disponibilizados gratuitamente através do site, assim como o catálogo digital do festival com informações, sinopses dos filmes e programação completa.

Confira a programação completa do Assim Vivemos 2021 no site oficial do festival. Aliás, vai comprar algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando pelo nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.

Informações Assim Vivemos 2021

Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Cinema (Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP)

Quando: até 20 de dezembro de 2021

Até 13/12 – sessões presenciais

De 13 a 20/12 – sessões online de filmes relacionados aos debates e de filmes extras disponibilizados semanalmente

Ingressos: bilheteria do CCBB

Classificação indicativa: livre

Mais informações: (11) 4297-0600

Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228 (R$ 14 por seis horas, necessário validar ticket na bilheteria). Uma van faz o traslado gratuito entre o estacionamento e o CCBB. No trajeto de volta, tem parada no Metrô República.

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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