Biografia de autor | Cora Coralina

Sabrina Rodrigues

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29 de agosto de 2015

Cora Coralina, cujo verdadeiro nome é Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nasceu no dia 20 de agosto de 1889 na Cidade de Goiás, e faleceu no dia 10 de abril de 1985, em Goiânia. Foi uma das mais importantes poetisas e contistas do Brasil.
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Considerada por muitos como a poetisa do cotidiano, Cora teve uma vida simples, foi doceira de profissão (ofício que seguiu até os últimos dias de sua vida), viveu longe da agitação das grandes cidades. Não se envolveu com modismos literários, sua obra literária foi baseada no cotidiano, na simplicidade da vida. Retratou como ninguém os becos e as ruas históricas de Goiás em sua obra.
Filha do desembargador nomeado por D. Pedro II, Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Anna Lins foi criada às margens do Rio vermelho, numa casa que é considerada uma das primeiras construções da antiga Vila Boa de Goiás.
Anna, apesar da pouca escolaridade (tendo em vista que cursou somente as primeiras quatro séries), começou a escrever os seus textos aos 14 anos de idade, publicando-os nos jornais locais como o jornal de poemas femininos A Rosa. Em 1910, publicou o seu primeiro conto, Tragédia da Roça.
Também em 1910, Cora Coralina casou-se com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou em 1911 para São Paulo onde morou por 45 anos, no interior, nas cidades de Avaré e Jaboticabal. Cora e Cantídio tiveram seis filhos: Paraguaçu, Eneas, Cantídio, Jacyntha, Ísis e Vicência. Sendo que Ísis e Eneas morreram logo após o nascimento.
Em São Paulo, Cora presenciou alguns acontecimentos históricos assim que chegou. Teve que permanecer trancada num hotel em frente à Estação da Luz, pois os revolucionários de 1924 pararam a cidade. Em 1930 presenciou a chegada de Getúlio Vargas à rua Direita com a praça do Patriarca e um dos seus filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
Com a morte do marido, Cora Coralina mudou-se para Penápolis, onde passou a vender linguiça caseira e banha de porco. Depois, mudou-se para Andradina. Em 1956, retornou para Goiás.
Frase Cora-Coralina
Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com sua história pessoal. Também gravou um LP pela gravadora Paulinas Comep, declamando suas poesias.
Pode-se considerar como inspirações para Cora Coralina compor a sua obra: o cotidiano, a sua preocupação em entender o mundo, o desejo de compreender o real papel que deveria representar nesse mundo do qual ela tanto desejava entender.
Cora Coralina escrevia com simplicidade e o seu desconhecimento acerca das regras gramaticais contribuiu para que a sua produção artística priorizasse a mensagem ao invés da forma _ o que conquistou uma legião de fiéis leitores.
Na segunda edição (1978) de Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais ganhou atenção e Cora passou a ser admirada por todo o Brasil. Essa edição teve algumas particularidades como: a capa ilustrada pela consagrada artista Maria Guilhermina, orelha de J.B. Martins Ramos, o prefácio de Oswaldino Marques e algo muito especial: foi saudada por Carlos Drummond de Andrade no Jornal do Brasil, em 27 de Dezembro de 1980. A partir daí, como num toque de Midas, Cora Coralina transformou-se num fenômeno e seu talento passou a ser conhecido por todos.
Em 1983, Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG. E no mesmo ano, foi eleita a intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da União brasileira dos Escritores. Em 1985, veio a falecer.
Em 31 de Janeiro de 1999, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais foi aclamada por um seleto júri organizado pelo jornal O Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX.
 
Bibliografia:
Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais (poesia), 1965
Meu Livro de Cordel, (poesia), 1976
Vintém de Cobre – Meias confissões de Aninha (poesia), 1983
Estórias da Casa Velha da Ponte (contos), 1985
Meninos Verdes (infantil), 1986 (póstumo)
O Tesouro da Casa Velha (poesia), 1996 (póstumo)
A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (infantil), 1999 (póstumo)
Vila Boa de Goias (poesia), 2001 (póstumo)
O Prato Azul-Pombinho (infantil), 2002 (póstumo)
 
 
Fonte: Wikipedia
 
 
 
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Sabrina Rodrigues

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