CRÍTICA #2 | ‘X-Men: Apocalipse’ tem roteiro simples, mas efeitos e cenas de luta de encher os olhos

Gabrielle Meira

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18 de maio de 2016

O mais antigo e poderoso mutante de todos os tempos retorna depois de séculos para destruir a humanidade. O roteiro é simples, mas o diretor Bryan Singer acertou em cheio com a nova Produção de X-Men: Apocalipse. Depois de inúmeras tentativas de consertar a ordem cronológica, finalmente a saga conseguiu realizar um filme que não se complica, segue uma ordem de tempo correta e abre margem para futuros filmes, com menos complexidade e falhas no roteiro.

Em oposto a simplicidade da história, temos efeitos especiais grandiosos. Isso já fica claro na primeira cena do filme. O público é transportado em uma viajem no tempo: pirâmides, faraós e rituais, nos colocam fora do ambiente X-Men. O que poderia ter se tornado um tiro no pé, foi uma grande sacada do roteiro, que utiliza o Poder do Grande Egito, para apresentar o que deveria ser o personagem principal do filme: o Apocalipse.

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Ainda assim, os pontos altos e baixos do filme não são os efeitos especiais e nem o roteiro, mas sim a escolha dos atores que compõem o elenco. Depois de a saga sofrer pela falta de carisma em suas primeiras produções, com personagens sem sal, como o de Ciclope, interpretado por James Marsden, os mutantes em suas versões mais novas – Jean Grey (Sophie Turner), Scoot Summers ( Tye Sheridan), Tempestade (Alexandra Shipp) e Noturno (Kodi Smit) – são carismáticos e dão vida ao longa. O ponto forte da história e grande alívio cômico são as cenas interpretadas por Evan Peters, o Mercúrio. O personagem é engraçado, genial e não precisa dizer quase nada para que arranque risos da platéia.

Magneto (Michael Fassbender) e Professor Xavier (James McAvoy), estão muito bem portados como os donos do filme, assim como nas outras franquias que aparecem. Jennifer Lawrence, ainda não consegue atingir o lado misterioso e forte da personagem Mística. A atriz parece estar presa a Katniss (personagem vivida por ela em Jogos Vorazes), em diversos momentos a heroína invade X-Men como um furacão e só percebemos que na verdade é a Mística quando ocorre a transformação de coloração azul da personagem.

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Porém, o grande troféu abacaxi do filme vai para o Apocalipse, por Oscar Isaac. O vilão que deveria parecer poderoso e impiedoso, não dá medo em ninguém, possui uma expressão dura e clichê. Poderíamos dizer que é uma falha proposital, uma forma preguiçosa e até enganosa, a eliminação de um grande vilão, para evidenciar as cerejas do bolo: os X-Men.

É preciso comentar que finalmente a saga curou-se da “Wolverine Dependência”, o personagem tem uma cena muito bem executada e importante no filme, porém, não fez falta no decorrer da trama.

X-Men: Apocalipse gira em torno de uma história já conhecida pelos fãs da franquia: a luta do bem contra o mal. Roteiro simples, menos complexo, com efeitos e cenas de luta de encher os olhos. Vale o ingresso e a pipoca.

TRAILER:

FICHA TÉCNICA:

Título original: X-Men – Apocalypse
Distribuição: Fox
Data de estreia: qui, 19/05/16
País: Estados Unidos
Gênero: ação
Ano de produção: 2016
Duração: 144 minutos
Classificação: 14 anos
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Simon Kinberg
Elenco: Jennifer Lawrence, Michael Fassbender

Gabrielle Meira

Estudante de Jornalismo, na Universidade Castelo Branco . Gosta de ler livros, ir ao cinema e atua em peças de teatro . Não se incomoda que a chamem de Gabrielle, mas prefere Gabi . Ama uma ótima conversa ( de preferência interessante), não é chata, apenas questionadora por natureza .
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