Crítica de série | The Good Wife (6ª temporada)

Sabrina Rodrigues

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16 de maio de 2015

Aviso: Para quem ainda não assistiu ao final da sexta temporada, essa crítica contém spoilers.

O que há em comum entre The Good Wife, Game of Thrones e Bloodline? Nas três séries houve a perda de personagens importantes e pelos menos, as duas primeiras seguiram em frente triunfantemente. A terceira, só saberemos dessa proeza no desenrolar da segunda temporada.

Mas, sabe aquele sentimento de quando se perde um grande personagem e você se pergunta: “Devo continuar assistindo a essa série?” Em Game of Thrones, após o Casamento Vermelho, fui convencida por um amigo_ que leu os livros publicados até agora_ a continuar acompanhando a série, pois, segundo ele, muita coisa ainda iria acontecer. Mas, The Good Wife não tinha livros, não tinha nada que me desse uma ideia para qual lado a série poderia seguir após a morte do Will Gardner (Josh Charles) no final da quinta temporada.

Diane e Alicia

Resolvi confiar na série e acompanhei a sexta temporada (que no Brasil é transmitida pela Universal Channel e nos EUA é exibida pela emissora CBS). E não me arrependi! Realmente, a série mereceu até aqui todos os prêmios que recebeu! Os roteiristas souberam olhar para os seus personagens, para o seu elenco e perceberam que cada um daria uma boa história e que mereciam ser explorados.

Ufa! Como aconteceram coisas nessa sexta temporada! Ela foi sensacional! A primeira cena da sexta temporada começa com um close no Eli Gold (Alan Cumming), e ele pensativo, como se surgisse, num lampejo, uma ideia sensacional, vira-se e pergunta a Alicia: Quer concorrer à Procuradoria? Ela sorri surpresa com a pergunta inesperada e responde: Não. Mas, nós sabemos do poder de persuasão do Eli plantando uma sementinha que irá desabrochar na mente da Alicia.

Eli Gold

E o primeiro episódio não para por aí. Poucos minutos depois, Cary Argos (Matt Czuchry) é preso sob a acusação de associação com o poderoso traficante de Chicago, Lemond Bishop (Mike Colter) e a partir daí, assistimos a uma cruzada para inocentar Cary e livrá-lo definitivamente da cadeia.

Sendo assim, duas linhas de enredo da sexta temporada se desenvolvem: Todo o processo de candidatura da Alicia ao cargo de Procuradora do Estado e o os esforços, mesmo que escusos (Não é mesmo, Kalinda?) para inocentar Cary e livrá-lo definitivamente da cadeia.

A campanha da Alicia

A campanha da Alicia para o cargo de Procuradora do Estado esteve repleta de ingredientes dignos de uma campanha política norte-americana: uma preparação repleta de ensaios e media trainning, a vida pessoal dos Florrick sendo cavada; as opiniões sobre temas polêmicos elevadas à décima potência, os debates, as pesquisas, as doações de campanha.

Até que, numa votação apertada, Alicia é eleita. Só que a comemoração dura pouco. Um pedido de recontagem dos votos é levantado após suspeitas de fraude nas urnas e Alicia é obrigada a renunciar por imposição do seu partido.

Kalinda

Kalinda Sharma (Archie Panjabi) provou seu amor por Cary ao violar a lei de uma forma grave, falsificou provas mudando os metadados de e-mail do Detetive Prima.

Depois, Kalinda fica encurralada numa espécie de acordo com Lemon Bishop e mais tarde, rouba dele informações sobre todo o seu negócio e ele descobre.

E ao sabermos da saída da atriz Archie Panjabi da série, a pergunta passou a ser: Como ela saíra? Será presa? Fugirá? Será assassinada por Bishop?

Kalinda

A saída da atriz Archie Panjabi não é algo muito claro. Muito se especula sobre o relacionamento de Archie Panjabi e Juliana Margulies, as duas não compartilham cenas juntas há duas temporadas.

As especulações continuam depois da cena do episódio Wanna Partner? (o último da sexta temporada) onde as duas estão num bar, mas a cena pareceu ter sido filmada isoladamente. Caso isso tenha ocorrido, é decepcionante, pois as duas são profissionais, excelentes atrizes e era apenas uma cena!

Wanna Parter?

E por falar em último episódio, ele foi o último onde tivemos o prazer de termos a presença da Kalinda, personagem da qual aprendemos tanto a gostar, pela sua inteligência, perspicácia, dedicação e pelo ar misterioso que sempre rondou a sua personagem.

Peter Florrick, por sua vez, vem com uma bomba: vai concorrer nas primárias do seu partido ao cargo de Presidente da República. Melhor: segundo ele, é para ser vice-presidente, pois o partido precisa de um candidato a vice que seja viável. Entretanto, Alicia numa conversa particular com Peter, é categórica sobre a contrariedade em relação à candidatura de seu marido.

Na firma de advocacia mais famosa da TV, Diane se vê pressionada (aliás, que temporada maravilhosa a da Diane, brilhante, inteligente, se saindo bem de cada situação delicada onde se encontrou) por David e Cary a demitir a esposa de Louis Canning (Michael J. Fox) e despertado a fúria do advogado.

E o furioso Canning bate à porta de Alicia com uma simples pergunta: Wanna partner? (Quer um sócio?)

alicia-florrick

A sexta temporada superou as minhas expectativas e deu vida a vários personagens interessantes e aproveitou o bom elenco que tem, e manteve o interessante enredo jurídico unido ao político da série. Entretanto, ficaram algumas pontas soltas como o relacionamento do Cary e da Kalinda sem continuidade; Alicia mais uma vez não consegue engatar um romance de forma concreta, será que o Finn Polmar (Matthew Goode) continuará na sétima temporada? Ela continuará com um casamento de aparências com Peter?

Esperamos mais uma vez a superação da perda de um personagem carismático e que a série tome rumos dinâmicos para a sétima temporada, pois a Boa Esposa vai recomeçar do zero, ou seja, voltamos ao início.

Sabrina Rodrigues

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