CRÍTICA | ‘Milagres do Paraíso’ é um típico filme para a família toda assistir durante a tarde

Bernardo Moura

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21 de abril de 2016

Prepare-se, pois, este filme é mais um daqueles longas que irão fazer parte do catálogo do Netflix com certeza daqui a um tempo. Baseado em fatos reais, Milagres do Paraíso conta a história da família Beam, que até então vivia tranquilamente entre as grandes fazendas e os belos animais do interior do Texas, mas, que descobre que sua filha do meio (eles têm 3 filhas), Annabelle, possui um grave problema digestivo. Portanto, o conto de fadas de família texana começa a ruir e a se transformar a cada grito de dor da pequena menina.
O filme faz parte daquela tripa de filmes que possuem um conteúdo forte, originado por um motivo até então desconhecido da grande maioria da sociedade, mas que no seu desenvolvimento se perde no meio e acaba apresentando um resultado regular.
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No filme, temos belos atores (alguns desconhecidos e/ou sumidos das telas), uma fotografia excelente, um fator social importantíssimo, uma igreja com música viva e um sotaque de qualquer região dos Estados Unidos. Pronto, temos aí a fórmula Manoel Carlos de ser. No caso aqui, Patrícia Riggen foi mais uma adepta do estilo que começou décadas atrás. São muitos clichês que impulsionam o filme mediante ao sucesso de público.
O papel de mãe é interpretado por uma Jennifer Garner sumida das telas. É muito bom revê-la de volta ao ofício de atriz. No entanto, seu papel é meio raso e superficial. A cada tentativa de choro de sua personagem é sofrível. Saudade da Jennifer antiga. No papel do marido guerreiro está Martin Henderson.  Ele, um fazendeiro veterinário, chega a roubar a cena do filme junto com a pequena Annabelle (Kylie Rogers).  Aliás, as crianças deste filme são ótimas. O meu destaque vai para uma das irmãs de Annabelle, Adelyn (Courtney Fansler). A cada tomada da família Beam, ela rouba a cena com suas expressões bastante enigmáticas e engraçadas às vezes. Se prestarmos atenção, ela poderá ser a nova Emma Watson do futuro.
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Quanto às participações, a quase carioca Queen Latifah pouco aparece no filme. Uma pena. Ela com todo aquele borogodó todo não consegue despontar no filme e é quase esquecida. O doutor que ajuda a menina na descoberta da doença digestiva, Eugenio Berdez, é ótimo imitando personagem de desenho animado infantil estampado na sua gravata.
Como já falei ali em cima, a fotografia do filme é excelente. Cada frame poético e filosófico. Principalmente nas partes em que a mãe Christy sofre olhando para os pastoris do Texas. Que coisa mais bela! O outro problema fica na edição do mesmo. Há momentos que uma cena vai puxando à outra. Já em outras, o filme se perder e parece que está começando tudo de novo. Melhor dizendo: parece que começa um filme a cada 15 minutos. Resultado: pode dar pinote na cabeça do espectador. “Oh Lord!
No mais, Milagres do Paraíso é um filme vespertino bem mediano e que te faz pesquisar um pouco mais sobre o caso da menina no Google. Boa pesquisa!
TRAILER:

FICHA TÉCNICA
Direção: Patrícia Riggen
Elenco: Jennifer Garner, Kylie Rogers, Martrin Henderson, Queen Latifah, Brighton Sharbino, John Carroll Lynch, Bruce Altman, Eugenio Derbez
Trilha Sonora: Carlo Silliotto
Produção: Joe Roth
Gênero: Drama
Duração: 109 min
Distribuidor brasileiro: Sony Pictures

Bernardo Moura

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