Em Ruínas só vale a pena pelas belíssimas cenas de ação

O filme Sobreviventes – Depois do Terremoto estreou nos cinemas em 18 de janeiro e Em Ruínas estreou em 26 de janeiro na Netflix. Eu não fazia ideia, mas o segundo é a continuação imediata do primeiro. Só soube disso depois de vê-lo, mas algo estava me martelando que não era possível dois longas na mesma época serem lançados com a mesma premissa central: um terremoto que devastou Seul, onde apenas um prédio fica intacto no meio desse caos. Embora tenha essa similaridade, os dois longas são completamente diferentes. O original é realmente bom, já o segundo, deixa muito a desejar.

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Um terremoto de proporções catastróficas destruiu Seul por inteira e transformou tudo em um grande deserto apocalíptico. Os sobreviventes vivem como podem, se salvando, não só de ameaças da natureza, como também de si mesmos. Após um grupo de pessoas aparecer oferecendo um lugar decente para se morar com água potável, a jovem Han Su-na (No Jeong-ee) aceita ir ao lado de sua avó para esse oásis, deixando amigos para trás. Não demora muito para esses amigos notarem algo de errado e logo partem em busca da moça, para salvá-la, em um grupo liderado por Nam San (Ma Dong-seok).

Disponível no catálogo da Netflix – Foto: Divulgação

Pouca empatia com os protagonistas

Gosto de começar algumas resenhas sendo o mais honesto possível, e essa aqui não será diferente. Em Ruínas é muito fraco por diversos motivos. Embora logo no início já fique estabelecido quem são os protagonistas, nenhuma empatia é correlacionada a eles. Começam bidimensionais e acabam do mesmo jeito. Não sabemos quem são, não entendemos suas histórias e pouco nos importamos com eles de verdade. Tirando o personagem de Ma Dong-seok (Invasão Zumbi, Eternos), não sei o nome de mais ninguém.

História com direito a cientista maluco

Nele, ainda temos um vilão completamente exagerado e cartunesco. O famoso cientista maluco. Ele mantém sua filha viva de uma forma bizarra e precisa de jovens para se manter imortal. Que fique claro, em ‘Sobreviventes…’ não existe nada nesse tom, ele é mais sério e mostra mais sobre a índole humana de forma selvagem e fascista. Aqui, degringolou demais para uma fantasia que não corrobora muito com a realidade. Dessa forma, o que nos sobra de bom é apenas algumas ótimas cenas de ação.

Disponível no catálogo da Netflix – Foto: Divulgação

Só se salvam as cenas de ação

Sobre as cenas de ação não tenho o que reclamar. Elas são realmente boas e é nítido ver como as coreografias são incríveis e o quanto a direção sabe posicionar as câmeras nos lugares certos para que a cena fique mais estilizada. Inclusive, acho que deveria ter tido menos falatório e mais pancadaria, que é justamente onde ele se sobressai. Esse sem dúvida é o seu ponto forte e deveria ter sido explorado de forma mais abrangente.

Conclusão

Em Ruínas tem como ponto forte as belíssimas cenas de ação e possui uma história que tanto faz. Não nos apegamos a ninguém e esse sentimento de apatia nos percorre durante toda a projeção. Não sentimos uma verdadeira ameaça e sabemos que tudo vai acabar bem no final. Faltou explorar os próprios personagens e um pouco mais desse mundo destruído. Se a parte humana é bidimensional, o background é praticamente risível no quesito explicação. É assim mesmo e não pergunte sobre isso.

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Trailer do filme Em Ruínas

Ficha Técnica do filme Em Ruínas

Título original: Hwang-ya

Direção: Heo Myeong Haeng

Roteiro: Kim Bo-Tong e Kwak Jae-Min

Elenco: Mad Dong-seok, No Jeong-ee, Lee Joon-young, Ahn Ji-hye, Kim Young-sun

Onde assistir: Netflix

Data de estreia: 26 de janeiro de 2024

Duração: 107 minutos

País: Coreia do Sul

Gênero: Ação

Ano: 2024

Classificação: 16 anos