Innocence Lost Oblivion

O álbum está disponível nas plataformas digitais - Foto: Divulgação / Innocence Lost

Innocence Lost nos dá uma verdadeira amostra de bom heavy metal em Oblivion, primeiro álbum da banda

Bruno Oliveira

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10 de junho de 2024

Os cariocas da Innocence Lost lançaram seu mais novo álbum, chamado Oblivion, contando com a atual formação composta por Mari Torres (vocal), Aloysio Ventura (teclados), Ricardo Haquim (baixo), Gui Delucchi (guitarra) e Heron Matias (bateria). Juntos, nos dão uma verdadeira amostra de um bom heavy metal com elementos de power metal, orquestrações épicas e corais que engrandecem demais o estilo. Além disso, possuem uma grande pegada de prog metal que deixa as melodias mais pesadas e mais complexas, em comparação com o que vemos por aí normalmente.

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A Innocence Lost existe desde 2007 e Oblivion é o seu álbum de estreia. Para a criação desse petardo musical, a banda migrou para São Paulo para as gravações no estúdio Fusão, onde todas as músicas ficaram a cargo de Thiago Bianchi na produção. Ele que ainda teve uma participação vocal gravada na música The River. Além dele, outros nomes estiveram envolvidos como: Gus Monsanto (coros e arranjos), Pablo Greg (orquestrações) e o italiano Mark Basile, vocalista da banda DGM.

A banda optou por fazer um álbum conceitual influenciado por A Divina Comédia, do italiano Dante Alighieri, e o Paraíso Perdido, de John Milton. Possuindo 10 faixas e somando um tempo total de 59 minutos e 32 segundos de duração, a estreia do grupo em um compilado de estúdio nos dá a impressão que voos muito mais altos serão alcançados por eles mais rápido do que imaginamos. Abaixo, comentarei as minhas impressões faixa a faixa de todas as músicas do álbum e um veredito final sobre a obra.

Of Man’s Fall e Dark Forest

O álbum começa com a intro Of Man’s Fall, orquestrada por Pablo Greg, e já nos coloca imersos no que escutaremos a seguir. Dark Forest chega logo em seguida como uma pedrada, se ainda estava compenetrado nas nuances musicais da intro, tomou um tapa na orelha. Essa música foi o 3º single do álbum, lançada em 23 de fevereiro. A base de comparação, ela me lembrou demais o que o Epica faz: grandes orquestrações, um som pesado, alguns coros e uma boa levada que deixa impossível manter a cabeça parada.

The Trial

The Trial também começa com uma orquestração fabulosa e quando a voz de Mari Torres surge, um prog furioso acompanha. Um refrão mais cadenciado surge e se torna impossível não cantarolarmos após algumas audições. O riff de guitarra também reverbera por um tempo na mente. Uma boa música.

The River

The River conta com a participação de Thiago Bianchi, vocalista da banda Noturnall e produtor do álbum. Esse foi o 2º single, lançado em 19 de janeiro. Essa música mantém o nível das anteriores trazendo a mesma porrada sonora e um destaque para Thiago se torna indispensável. Seu agudo e um vocal mais rasgado é facilmente destacado e se torna impossível não prestar atenção nesse detalhe. Seu duo com Mari Torres se torna o ponto alto da canção. Importante apontar para o final dela que surge um batuque que me fez balançar e querer ouvir mais disso em composições futuras.

City of Woe

City of Woe surge com uma pegada mais power metal e quando começa o vocal, cai para aquele tipo de prog metal bem característico de bandas como Symphony X. Baixo e bateria dão o tom e cadenciam a música do início ao fim. No meio temos uma leve baixada na rapidez e somos apresentados a um virtuosismo maior de todos os membros da banda.

Oblivion

Oblivion chega com um tom mais calmo. Veja bem, calmo, mas está longe de ser uma música lenta. Acaba que esse ritmo se destaca mais por ser um pouco diferente de todas as pedradas anteriores. O baixo determina o peso e as linhas vocais se destacam bastante. Uma bela música. Devo lembrar que ela dá nome ao álbum.

When the Light Fades Away

When the Light Fades Away começa diferente de tudo o que rolou até aqui. Um toque clássico e as melodias calmas me tocaram o coração de primeira. Nem seria exagero dizer que essa é uma das minhas preferidas de todo o álbum. Um ótimo solo de guitarra e lindas notas de teclado dão o toque final. Vale destacar que ela tem a participação especial do músico italiano Mark Basile, vocalista da banda DGM. E que participação. Mais um dueto realizado com sucesso, e aqui ficou ainda melhor que em The River.

Downfall

Quando Downfall começa, automaticamente a cabeça começa a se mover no ritmo da levada. Ela parece bem comercial em relação as outras. Pode até não ser um dos grandes destaques do álbum, mas com certeza possui algo ali que dá para ser bem aproveitado, principalmente durante um show. Certeza que ela vai soar muito melhor ao vivo.

Fallen

Em seguida vem Fallen, o 1º single do álbum lançado em 08 de dezembro. Impossível não comentar o baixo de Ricardo Haquim que é absolutamente destruidor. Talvez essa seja a música que mais ouvi e certamente ela está entre meu top 3 de músicas favoritas de Oblivion. Sem dúvidas é um dos grandes destaques e a escolha dela ser a primeira música de trabalho foi perfeita. Ótima música.

The End of This Chapter

The End of This Chapter chega prenunciando o fim dessa porrada de estreia da Innocense Lost. Essa foi uma que não gostei tanto de primeira, mas conforme fui escutando ela foi soando muito melhor e mais agradável. Se um dia a achei chata, já nem me lembro. Ela é bem melodiosa, possui um belo arranjo musical e o solo de guitarra dela é simples e bonito. Uma excelente escolha para terminar essa obra musical.

Conclusão

A estreia da Innocence Lost, com Oblivion, foi muito boa e diria que acima do esperado. Talvez os únicos pontos negativos tenha sido uma introdução completamente dispensável e o tempo de música bem grande para todas as faixas. Pode ter faltado uma música que fosse mais rápida no tempo de duração com um refrão pegajoso para ser um grande sucesso e explodir. Optar pelo caminho mais árduo mostra que a banda tem competência demais e isso é só o início. Espero shows e em breve mais músicas dessa banda que já sou fã.

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Bruno Oliveira

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