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Mato Seco e o caminho do bem no novo EP ‘Carta da Humanidade para a Humanidade’

Cadu Costa

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22 de novembro de 2021

Prestes a completar 20 anos de carreira, o Mato Seco é um dos nomes mais consolidados do puro reggae nacional. E, como o gênero sempre pede, suas letras são carregadas de mensagens positivas envolvendo resistência, bem como justiça e cura do mal pelo bem. Seguindo essa linha, a banda de São Caetano do Sul, São Paulo, acaba de lançar seu mais novo trabalho: Carta da Humanidade para a Humanidade.

Após escolher o dia nacional do reggae e os 40 anos sem Bob Marley, maior ídolo do ritmo, para lançar o single e videoclipe “Carta da Humanidade”, o Mato Seco agora apresenta um EP composto de cinco grandes músicas onde declara suas visões sobre a luta contra o racismo, assim como a discriminação, a criminalidade e o apoio da religiosidade.

Egoísmo e segregação

O EP já começa com a canção que dá nome ao disco. Em “Carta da Humanidade (Fomos Longe Demais)”, o Mato Seco questiona o egoísmo do ser humano, que desde o início do mundo se preocupou em conquistar espaços e construir riquezas materiais sem se importar com o coletivo e a Natureza.

“Levante a Cabeça (Jah Não Vai Te Deixar)” continua a busca por essa espiritualidade para nunca desistir e “Tempo de Acordar” vem de encontro às comemorações do Dia da Consciência Preta ao falar sobre a falta de amor em segregar alguém por sua cor.

“Desgarrados estamos do amor quando nos segregamos por cor, quando celebramos a queda de um irmão (…) enaltece a busca pelo caminho do bem”, diz parte da letra.

Acreditar no bem

O clima segue com “Não Deixo de Acreditar” e “Palavras Repetidas”, ambas com refrões grudentos que vão impactar sua dificuldade de acreditar no bem.

Carta da Humanidade para a Humanidade é um EP longo, se formos considerar o formato pois nenhuma música tem menos de quatro minutos, mas sua vibe é tão do bem que é impossível não se sentir melhor ao término da experiência. Experimente ouvir uma por dia começando pela segunda de manhã. Seus finais de semana terão menos sorrisos amarelos e muito mais esperança.

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Ouça Carta da Humanidade para a Humanidade, do Mato Seco

Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
9
Créditos Galáticos

Créditos Galáticos: 9

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