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Fotos: Rock in Rio / Divulgação

Elegemos os melhores e piores shows do Rock in Rio 2022: confira!

Ana Carolina Jordão

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12 de setembro de 2022

Depois de duas semanas de festival, o Rock in Rio 2022, infelizmente, chegou ao fim. Foram grandes shows, com performances incríveis, mas outras nem tanto.

Então, para você que ainda está com gostinho de Rock in Rio 2022 na boca, o ULTRAVERSO selecionou os melhores e piores shows do evento. Só lembrando que, , toda lista gera polêmica e, por isso, com essa não será diferente.

Portanto, confira os melhores e piores shows do Rock in Rio 2022 na opinião da nossa repórter especial Ana Carolina Jordão.

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Green Day

A banda fez um show potente, visceral e entregou um espetáculo consistente do início ao fim, com Billie Joe regendo a plateia com maestria. O setlist perpassou por hits de todos os períodos do grupo, e foi acompanhado pela plateia que viu o Green Day pela primeira vez no Festival. Não decepcionaram e entregaram o bom e velho rock n´roll, sem enrolação, com energia, exatamente o esperado de uma banda que faz shows em arenas ao redor do mundo.

Foi arrebatador, com mosh pits – com direito até a sinalizador – acontecendo por toda Cidade do Rock e aprovação total do público, que vibrou com a banda durante todo o show.

Coldplay

O Coldplay fez um show histórico trazendo um show de luzes ao Rock in Rio. É inequívoco dizer que Chris Martin e sua banda são um expoente da música na atualidade arrastando multidões por onde passa – todas as vezes que passou pelo festival entregou energia inacreditável e fez concertos memoráveis.

Dessa vez a banda trouxe para o festival o show de luzes que os faz ao redor do mundo já conhecem desde a turnê “Adventure of a Lifetime”. Foi espetacular ver um abarrotado Parque Olímpico permeado de Luzes pulsantes em meio a intensa chuva, que parecia lavar a alma do público – eles até cantaram “Magic”, em português, agitando os fãs brasileiros.

Porém, a banda, que parecia gravar seu show para um projeto próprio errou, tendo que repetir duas vezes “Viva la Vida”, e voltar do inicio outro sucesso já quase na metade da canção – o espetáculo também foi rapidamente parado ao meio, o que ficou fora do contexto do que o Coldplay costuma apresentar.

Até o sempre relaxado Chris Martin parecia tenso em alguns momentos, e em outro foi prejudicado pela chuva e vento intenso que fazia na Cidade do Rock. “Estou com frio”, disse o vocalista inglês. Nada disso, nem de longe, pareceu incomodar o público já extasiado pelas luzes.

Foi emocionante, foi único, porém mesmo com o recurso luminoso, ainda não passou o show que eles fizeram em 2011 no festival.

Dua Lipa

Novata e ganhadora de vários prêmios nos últimos anos, inclusive o Grammy, Dua Lipa mostrou que a era do álbum “Future Nostalgia” é realmente um sucesso. A cantora colocou o público para dançar e trouxe um show com muita coreografia, pop e bons vocais ao vivo – tudo que uma diva pop necessita -, e agradou a multidão que não parou de entoar suas canções do início ao fim.

Apesar de um show cheio de cores, mudanças de roupa, bom cenário e super competente, equivalente ao hype que lhe vem sendo dado ao longos dos últimos anos, Dua Lipa foi bastante criticada na internet por conta de um pedido inusitado – atrasar  a transmissão de seu show em meia hora para quem assistiria de casa. Os internautas se irritaram de não poder assisti-la ao vivo e alguns até protestaram afirmando que não veriam mais o show, pois acabaria com a experiência, já que assistiriam tudo gravado.

Måneskin

Ganhadores do Eurovision, o Måneskin provou que seu sucesso vai muito além da famosa “Beggin”, e cativaram a plateia com uma energia incrível e um puro show de rock n´roll, com muito couro, guitarras quebradas e estilo.

Além de terem sido acompanhados pelo público, o destaque ficou para a guitarrista Victoria de Angelis, que arrebatou com grande presença de palco e se jogou, literalmente na plateia, enquanto tocava seu instrumento. A artista chamou a atenção e logo se tronou a queridinha do momento.

O vocalista Damiano David, com sua voz rasgada, e apenas 23 anos, tomou o público de supetão com seu carisma a arriscou vários palavrões em português. Ficou claro que o Måneskin precisa amadurecer um pouco mais, mas mantém muito vivo o Rock. Não por acaso ficaram responsáveis pelo show de abertura da banda principal, mesmo em uma curta carreira.

Iron Maiden

Ninguém precisa dizer nada que todos já não saibam, o Iron Maiden nunca decepciona. Se alguém disser que já foi em um show da banda e eles não entregaram algo majestoso ou erraram em algo, seria uma clara mentira. Os veteranos foram, mais uma vez irretocáveis e demonstraram que, com seus 60 anos, ainda possuem uma vitalidade extraordinária.

Eles desfilaram sucessos antigos juntamente com músicas do último álbum “Senjutsu”, lançado em 2021 e cravaram que ainda são a maior banda de metal em atividade, de longe.

Ludmilla

Arrastando uma multidão para o palco Sunset, Ludmilla colocou o festival para dançar em um show eletrizante, com muita dançar e mostrando sua carreira desde o funk, pop até o projeto “Numanice”, onde tocou pagode, mostrando que pode ser diversa e fazer sucesso em várias vertentes.

Gastando cerca de R$2 milhões de reais na apresentação, a qual falou que foi “o show de sua vida”, ela entregou com empolgação e maestria uma grande performance, acompanhada por uma plateia recheada de famosos e que entoava suas canções como hinos. O destaque foi para a participação de Mc Sofia e Tati Quebra Barraco, que depois cantou sua própria canção “Boladona”, arrebatando os fãs.

Límpido dizer que com a carreira de Ludmilla, não coloca-la no palco mundo foi um erro incontestável. Nada contra Iza, que é uma boa artista, mas Lud deveria ter sido a primeira artista preta brasileira no palco principal, não só pela longevidade de carreira, de ser uma das artistas mais ouvidas do país, sua representatividade e tudo que pode entregar.

Post Malone

Fanfarrão do jeito que brasileiro gosta, Post Malone levantou o Rock in Rio com seus sucessos e surpreendeu a todos com seu magnetismo no palco. Mesmo sozinho, o artista mostrou que consegue entreter a plateia e que faz um show de rap cheio de carisma e alegria, sem precisar de grandes subterfúgios utilizados por outros artistas.

O rapper chamou até o palco um fã que pediu para tocar com ele. Pedido feito, pedido aceito, e Malone adorou – não só se encantou, mas seu espaço para o fã falar com a sua plateia. Sempre com cigarro e bebida na mão, o cantor virou meme e os fãs pediram que ele encontrasse Zeca Pagodinho, com quem poderia beber tranquilamente e ficar no Brasil.

Foi uma bela surpresa.

Ivete Sangalo

Incontestável, Ivete Sangalo é a rainha do Brasil, e provou que dificilmente alguém tirará esse título dela. Em um show impecável, de nível mundial, a cantora mostrou porque sempre está na lista do festival, e não deverá sair tão cedo. Carisma, voz, energia, cenário, entre tantos outros adjetivos positivos – é impossível o que Ivete não tem, sendo a artista mais completa em atividade no país.

Desfilou seus maiores sucessos, sua energia e já demonstrou que seu sucessor, seu filho Marcelo, puxou seu talento. A baiana levou o menino, que tocou piano, para o palco e a plateia foi a loucura. Sem dúvidas, ela é a realeza da música brasileira e entrega exatamente o que promete.

Racionais MC’s e Sepultura com Orquestra Sinfônica

Como bônus, vale destacar ainda dois ícones de cada gênero: rap e heavy metal. Racionais MC’s chegaram ao Rock in Rio 2022 com o pé na porta e sob holofotes. O show do grupo de rap foi eleito por muitos, inclusive, o melhor do evento, com forte conotação política, homenageando ainda pretos assassinados.

O Sepultura, por outro lado, já é veterano no Rock in Rio, mas a banda, em 2022, se apresentou no Palco Mundo com direito a Orquestra Sinfônica Brasileira. Lindíssimo.

Piores shows do Rock in Rio 2022

Guns

Banda de luxo com vocalista de karaokê, foi isso que virou o Guns N´Roses. Quem um dia já foi uma das maiores vozes do rock mundial, Axl Rose, nem de perto apresenta a mesma potência vocal de outrora, sempre se esforçando para alcançar as notas. A presença de palco vibrante também foi embora.

A banda é histórica, desfilou hits monstruosos – com um destaque aqui para Slash, que continua incrível em sua guitarra -, mas ver Axl se forçar a cada canção é quase um olhar de piedade, e o Guns não merece isso.

Billy Idol

Com diversos problemas no som, Billy Idol ficou longe de empolgar o festival. A voz do veterano, como a de Axl Rose, está aquém daquela que conhecemos, e mesmo trazendo suas conhecidas canções, grande parte do público parecia desconhecer suas canções.

No meio da apresentação teve que voltar uma canção por problemas técnicos.

Megan Thee Stallion

Com um show cru, sem cenário e somente com DJ e bailarinos em alguns momentos chaves do show, Megan Thee Stallion entrou no palco vestida de passista de escola de samba, com muito brilho e tentando conquistar o público, mas não foi o que aconteceu.

Comum nos Estados Unidos, os artistas utilizam base durante a apresentação, porém cantam, mas os fãs brasileiros entenderam como um playback e criticaram Megan nas redes sociais. No quesito música, ela tem uma voz potente e um bom rap, mas que ainda é pouco agradável a plateia brasileira, que ainda caminha com o rap no mainstream nacional.

Rita Ora

Muitos no festival se perguntaram: quem é Rita Ora, e muitos aproveitaram o show para comer ou ir ao banheiro. A britânica tem uma excelente voz, fez alguns poucos sucessos, e veio com um figurino belíssimo, mas não empolgou o público.

Ela recebeu a cantora Pablo Vittar no palco, fez dancinha, foi agradável, mas nada que surpreendesse quem estava assistindo.

Marshmello

O DJ Marshmello não empolgou, mesmo com alguns hits de sucesso. Alok, que abriu o palco mundo já tinha conquistado a plateia, que aparentemente não curtiu dois DJs no mesmo dia de festival. Ponto pra Alok.

Jason Derulo

O cantor fez uma setlist com seus maiores hits, inclusive o último “Savage Love”, que arrebatou o Tik Tok, mas não emplacou. Jason Derulo trouxe todo seu staff de dança, mas ele mesmo, conhecido por seus movimentos, pouco fez.

Durante toda performance ele usou a famosa base de fundo, o que fez com que muitos achassem que era playback. O momento mais memorável do show foi quando ele trouxe seu filho ao palco e disse que era o primeiro show que o havia levado na vida.

Avril Lavigne

A canadense Avril Lavigne tem carreira e prêmios extensos, mas acabou em um palco menor do festival. Ela fez um show recheado de seus maiores sucessos no palco Sunset, onde o público se empurrava ombro a ombro para ocupar um espaço abarrotado de fãs. Tinha tudo para agradar – e agradou -, pois todos cantaram junto com ela, mas foi prejudicada pelo som do local, que falhou, a transmissão que não ajudou.

Quem queria assisti-la e estava em outros lugares do festival não conseguiu – a transmissão só começou com a apresentação em andamento, depois parou, até mesmo no palco mundo, voltou e depois tiveram que corta-la no ponto alto, em “I´m With You”, para anuncia a atração do palco mundo.

Injustiçada, ela merece voltar mais uma vez.

1985: a homenagem

A intenção foi boa, e era super aguardado, afinal misturar os artistas que estiveram na edição de 1985 no Rock in Rio com os novos é uma excelente ideia, porém não houve qualquer sintonia de início ao fim. Pepeu Gomes pareceu ter problemas no som, Ivan Lins não se encontrou bem com Xamã.

As atrações eram excelentes, mas a performance não tinha nenhuma unicidade e foi entre altos e baixos até o fim.

Bastille

Na semana seguinte, ao perguntar se alguém lembrava do show do Bastille, todos perguntaram “quem? Tocou no Rock in Rio?”. E, sim, não há muito o que falar do show morno da banda.

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Ana Carolina Jordão

Jornalista formada pela PUC-Rio. Fotógrafa, Locutora. Editora de Música do Blah. Apaixonada por música e entusiasta da vida. Snapchat: caroljordao1 Instagram: caroljordao2
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