‘O Chamado da Floresta’ | CRÍTICA
Wilson Spiler
|4 de março de 2020
O Chamado da Floresta (The Call of the Wild), filme baseado no romance de 1903 de Jack London, já foi adaptado para a tela em inúmeras ocasiões. Várias versões foram estreladas por astros como Clark Gable, Charlton Heston, Rutger Hauer e Richard Dreyfuss. Agora é a vez de Harrison Ford dar vida ao personagem John Thornton.
Até então, eles também costumavam apresentar um cachorro no papel de Buck, o animal de estimação que é roubado e vendido para transportar um trenó no Yukon.
CGI sem emoção
No entanto, nesta versão da Disney da história, Buck é uma criação de CGI, criada em torno de uma performance de captura de movimento de Terry Notary (mais conhecido como o homem-macaco violento em The Square).
O apelo aos cineastas de usar CGI em vez de cães reais não é um mistério: oferece um grau de controle muito maior e domestica parte da natureza mais inconveniente. Além disso, há a questão de proteção dos animais, algo que gerou muita polêmica no filme 4 Vidas de um Cachorro.
Mas a partir do momento em que Buck entra na tela, fica claro que algo essencial foi perdido. Um homem em uma roupa de cachorro digital pode ser mais fácil de dirigir. Afinal, está dando um desempenho humano ao invés de canino.
A história
Na trama do filme O Chamado da Floresta, Buck é forçado a sobreviver depois que é efetivamente vendido à escravidão por criminosos malignos na América do Norte do início do século XX. Ele é colocado para trabalhar em uma equipe de trenós na gelada Klondike, onde a corrida do ouro atrai milhares de almas desesperadas em busca de riquezas.
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Nesse ínterim, Buck encontra uma alma gêmea e um amigo em um velho garimpeiro chamado Thornton (Harrison Ford), que tem tristeza no coração e se preocupa mais com a liberdade do que com o ouro.
Breguice
A direção de Chris Sanders se afasta (em parte) da animação para o live-action, misturando com animais CGI do vale misterioso.
Enfim, o resultado do filme O Chamado da Floresta é um pouco brega e, digamos, até meio constrangedor. Mas, num todo, é um entretenimento que pode agradar às crianças e ser um passatempo divertido, mas esquecível.
::: TRAILER
::: FICHA TÉCNICA
Título original: The Call of The Wild
Direção: Chris Sanders
Elenco: Harrison Ford, Omar Sy, Cara Gee
Distribuição: Disney
Data de estreia: qui, 20/02/20
País: Estados Unidos
Gênero: aventura
Ano de produção: 2017
Classificação: 12 anos
Wilson Spiler
Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
