REVIEW | ‘Darksiders: Warmastered Edition’ mostra como uma boa remasterização pode evoluir

Anderson Vidal

|

5 de maio de 2017

Muito se tem a debater quando o assunto é jogos remasterizados. Os fãs mais ácidos dos consoles da nova geração costumam reclamar quando mais um título remasterizado é anunciado: uns consideram falta de criatividade, outros já acham falta de consideração com quem compra consoles de nova geração e precisam jogar games antigos. Outros reclamam por querer novidades. Já a galera que acompanhou essa grande evolução dos consoles não se importa – para eles é até um honra jogar uma boa história com os gráficos e jogabilidade melhorada.

Darksiders: Warmastered Edition mostra como uma boa remasterização pode evoluir, se tornando um ótimo game. A versão original foi lançada em 2010, com o grande sucesso, e em 2012 saiu Darksiders 2.

Na história, acompanhamos a jornada de War, um dos quatro Cavaleiros do Apocalipse, que luta para provar que não foi o responsável por incitar uma guerra entre o céu e o inferno. Para provar essa inocência, War deve partir numa jornada que que envolve, é claro, muitos confrontos e desafios.

A jogabilidade do game é o primeiro e um dos principais pontos que já se diferenciam da versão original. Os movimentos de War, a forma como ele manuseia a sua espada, deixam tudo muito mais ‘leve’ e fácil. Os comandos estão mais rápidos, devido a eficiente nova geração, então enquanto você está sendo atacado por uma horda de inimigos –  e o jogo utiliza muito isso, o que é um dos pontos positivos – , são muitos demônios/criaturas que nos cercam em diversas partes do jogo, o que da uma certa grandeza e desafio a cada passo percorrido. A movimentação mais rápida da jogabilidade nos ajuda nos combos realizados e fica mais fácil a realização de golpes sequenciais e giros da espada, acertando todos os inimigos que estejam ao nosso redor. Isso ajuda muito quando nos vemos cercados e quase ‘desesperados’.

Apenas duas perdas para o quesito jogabilidade. Em alguns momentos a  câmera não responde tão bem ao nosso comando – há horas em que  os inimigos maiores, os boss estão a nossa frente ou ao nosso redor, e o jogo fica na câmera ‘padrão’. Como em todos os jogos nesse estilo, conseguimos movimentar a câmera para que se adeque da melhor forma para visualizarmos o inimigo e ter êxito aos ataques – conseguimos também fazer essa movimentação da câmera, mas, se nós movermos o jogo, automaticamente  a câmera  ‘padrão’ volta à cena, causando um certo incomodo em determinados momentos. O segundo ponto é a falta de exploração que, infelizmente, deixa a desejar. Não conseguimos explorar tão bem o cenário quanto desejássemos.

O combate é uma das melhores partes do jogo. Darksiders conta com uma grande e variedade e quantidade de anjos e demônios, que aparecerão em nosso caminho no meio da jornada de War, o que é muito bom, pois, quando avançamos nos cenários e mapas interligados, vamos encontrando inimigos que condizem com o ambiente. Por exemplo, enquanto estamos correndo pelas estradas, podemos encontrar com os anjos, já que o ambiente é aberto, sendo possível que eles voem até onde estamos, diferente de quanto já avançamos para dentro dos prédios – os demônios sobem as paredes quando nós mesmo precisamos escalar.

Na jogabilidade, quando executamos um combo é possível realizar ataques brutais no inimigo apenas pressionando B (no Xbox One), e damos uma espécie de fatality, algo que não ocorria na primeira versão do game. A jogabilidade ajuda muito em alguns boss, quando precisamos mirar para lançar algum objeto. É bem precisa.

Avançando no jogo, conseguimos armas adicionais para War. Além da inicial espada Chaoseater, é possível também ter as armas adicionais Scythe, Tremor Gauntlet e a dificuldade do jogo cresce quando precisamos especificar uma arma ou um poder para derrotar algum boss. No game conseguimos pegar saúde, ira e as moedas. As duas primeiras são essenciais para os combates, então é sempre bom arrecadar bastante, e a moeda serve para realizar negócios, além comprar itens com o comerciante Vulgrim.

A o maior e melhor característica que realmente faz com que Darksiders: Warmastered Edition se destaque é o seu visual. O jogo tem a resolução de 1080p melhorada, e consegue manter os 60 FPS prometidos para essa geração. A qualidade da textura é um deleite. Diferente de sua versão original, em que os detalhes eram quadriculados, sem vida, sem sombra, aqui encontramos o real motivo de uma remasterização: o trabalho bem feito pelo estúdio do game em nos apresentar algo realmente bom.  Detalhes da textura, sombra, gráficos quando envolvem água, grama dão muita sofisticação, o que nos deixa admirando a tela e o padrão visual elaborado.

VEREDITO

No final, temos um bom resultado de satisfação, principalmente para quem acompanhou a jornada de War desde o seu lançamento em 2010, – são boas vindas para quem torce a cara para games remasterizados,e um tapa na cara de quem critica, deixando claro que é sim possível refazer um game e ainda continuar original e divertido.

Darksiders: Warmastered Edition foi analisado pela equipe do Blah Cultural no console Xbox One. O game foi gentilmente cedido pela THQ Nordics.

TRAILER

Anderson Vidal

O que sabemos sobre Wicked Boa noite Punpun Ao Seu Lado Minha Culpa Lift: Roubo nas Alturas Patos Onde Assistir o filme Lamborghini Morgan Freeman