REVIEW | ‘Tour de France 2016’ vai agradar, apenas, aos amantes do ciclismo

Anderson Vidal

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10 de abril de 2017

Quando nos interessamos em jogar uma partida de qualquer que seja o jogo de esporte, esperamos nos divertir, um jogo dinâmico, mesmo não curtindo 100% o esporte em questão. Eu por exemplo não gosto de futebol, mas sou apaixonado num Fifa, perco horas e mais horas jogando. O mesmo acontece com UFC, o jogo em si me agrada bastante e por aí vai. Porém o mesmo não acontece com Tour de France, que peca, e muito, em ser um game totalmente real – no pior sentido – ao ciclismo.

Primeiro vamos falar da jogabilidade, com um pequeno, e prático, tutorial de como não se perder nas pedaladas. Com o RT você pedala e com o LT você freia, picar pressionando o A ajuda no embalo em subir as ladeiras, porém gasta muita energia. Para administrar a energia gastada e não se cansar facilmente, e fazer o ciclista parar, você deve se proteger do vento, do lado direito da tela tem um escudo azul, se ele ficar vazio, significa que você tem que encontrar oura posição, se for possível, para estabelecer o escudo. Para isso é muito bom um pouco de conhecimento, ou não, de rotas do vento. Você ficando atrás de um outro ciclista, o vento não baterá em você, o mesmo ocorre se passar por debaixo de arvores e dependendo das curvas, um mecanismo muito bom no jogo.

O jogo possui também um sistema de alimentos, tem duas barras com 100%, a azul e a vermelha, que seria a agua e a comida. A azul aumenta o indicador de energia, e a vermelha melhora o ataque, que é a corrida mais rápida quando pressionamos o A. Com o botão Y você pode administrar qual usará ao longo da corrida.

Bom, com esse tutorial bem útil, você pode estar achando que estou sendo bem chato em dizer que o game é totalmente real, certo? Talvez esteja sim, um pouco. É a mesma coisa de reclamar que uma adaptação muito fiel a um livro não ficou muito boa no cinema. Em Tour de France o jogo é muito parecido ao esporte em questão do tempo, o trajeto percorrido é de 200 quilômetros, e no game, você percorrerá os 200 quilômetros. O que não acontece no futebol, como já mencionei. Temos a opção de diminuir os tempos de partidas se você não estiver com muita vontade de passar 15/20 minutos em apenas um tempo, então se torna personalizável de acordo com o dinamismo que você quer no seu game, aqui, não conseguimos mudar isso, então ficamos, aproximadamente, 50 minutos em cada circuito.

Então isso torna Tour de France um game extremamente cansativo, porque após encarar um circuito quase que monótono de 50 minutos, não temos mais ânimo de encarar um outro caminho de mais 200 quilômetros. Então diferente de FIFA ou UFC, o game não tem dinamismo que nos faz grudar e querer passar e vencer, porque já estamos cansados.

Apesar disso, Tour de France tem um visual extremamente bonito, e conseguimos admirar muito do ambiente ao longo das pedaladas. Os carros estacionados, as pessoas torcendo, as gramas, as arvores, as casas do interior da França, o sol, tudo é muito bonito no game e o gráfico contribui para que seja tudo deslumbrante.Porém, Tour de France peca, também, pela falta de personalização em quase tudo. Não conseguimos criar um ciclista nosso, escolhemos, quase que de forma aleatória, vários na lista que o jogo nos fornece, conseguimos apenas mudar a cor da roupa que usaremos, nem a bicicleta conseguimos alterar, então é bem sem graça essa falta de personalização.

VEREDICTO

No mais, Tour de France agradará apenas os amantes fieis do esporte, e alguns apenas pela curiosidade para saber como o game funciona, porque, infelizmente, o jogo nos desmotiva pelas longas pistas.

Tour de France 2016 foi testado pela equipe do Blah Cultural no console Xbox One.O game foi gentilmente cedido pela Focus Home Interactive.

TRAILER


 

Anderson Vidal

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