‘Vis a Vis’ (1ª Temporada) | CRÍTICA
Paola Jullyanne
|6 de setembro de 2019
É impossível começar a assistir Vis a Vis e não pensar em “Orange Is The New Black”, as duas séries contam suas histórias de dentro de uma penitenciária feminina. Mas as semelhanças acabam por aí. Afinal, a produção espanhola tem uma pegada mais séria e dramática, com acontecimentos mais rápidos e pouco focada em romance. Portanto, criada e exibida inicialmente em 2015 para o canal Antena 3, da Espanha, o seriado já está disponível na Netflix, que não perdeu tempo em pegar para si esta obra maravilhosa.
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A trama
A saber, a Vis a Vis conta a história de Macarena (Maggie Civantos), uma mulher que foi enganada pelo seu chefe, com quem ela estava mantendo um relacionamento. Então, ela acabou condenada a sete anos de prisão pelo desvio de dinheiro na empresa em que trabalhava. Assim, com a fiança estipulada no valor de 1 milhão de euros, só resta a Macarena torcer por um milagre para tirá-la desta situação. Sem poder contar aos pais, o que ocorria por medo de decepcioná-los, ela decide enfrentar tudo sozinha.
Na sua primeira noite em Cruz del Sur, um projeto de penitenciária privada, a companheira de cela de Macarena é assassinada. Este fato é suficiente para que ela perceba que aquele lugar é bem mais perigoso do que havia imaginado. Sem ter em quem se apoiar e sendo bastante ingênua, Macarena fica devendo um favor a uma detenta, Anabel (Imma Cuevas), em troca de um novo advogado. Esse é só o início dos problemas que ela terá de enfrentar para sobreviver na prisão.
Uma das poucas pessoas que parecem estar realmente dispostas a ajudar a nossa protagonista é Cachinhos (Berta Vázquez), uma jovem detenta que está nutrindo um sentimento por Macarena. O único problema é que Cachinhos é ex-namorada de Saray Vargas (Alba Flores), alguém que faz parte da “gangue” mais temida do presídio. Junto com Zulema (Najwa Nimri), Saray promete transformar a vida da nossa “heroína” em um verdadeiro inferno. O que ela não esperava é que sua amiga Zulema estava planejando atingir também a família de Macarena.
Plot twists e ‘documentário’
Vis a Vis traz um enredo cheio de plot twists, deixando o espectador cada vez mais envolvido com a trama. Ainda assim, mesmo abrangendo um grande número de personagens, todas as histórias estão ligadas em algum momento. A produção intercala imagens de um tipo de documentário que parece estar sendo gravado em Cruz del Sur, junto com flashbacks e a sequência de cenas normais. Este é mais um diferencial da série que está, de fato, conquistando uma legião de fãs de todas as idades. Como dito anteriormente, o romance não é o foco da série, mas isto não quer dizer que não veremos alguns casais que merecem a nossa torcida.
Enfim, com a proposta de contar um pouco dos sonhos e vontades das prisioneiras, Vis a Vis apresenta histórias de mulheres fortes e decididas. Sendo assim, o seriado tem muitos momentos em que os personagens são “testados” sobre até onde iriam para alcançar os seus objetivos.
Em suma, com uma mistura de ação, drama e tensão, Vis a Vis parece ser o combo de tudo que se preza em uma boa série. Afinal, temos uma protagonista que oscila entre indefesa e corajosa, bem como uma vilã que tem momentos de crueldade e de sentimentalismo. Além disso, cada personagem é mostrada de maneira muito humana, evidenciando seus defeitos e qualidades. Por fim, a primeira temporada termina de maneira surpreendente e nos deixa aflitos sobre o que esperar dos próximos anos.
::: TRAILER
::: FICHA TÉCNICA
Título original: Vis a Vis
Temporada: 1
Episódios: 11
Criação: Daniel Écija, Álex Pina, Iván Escobar, Esther Martínez Lobato
Direção: Sandra Gallego, Jesús Colmenar, Jesús Rodrigo, David Molina Encinas
Roteiro: Iván Escobar, Esther Martínez Lobato, Álex Pina, Daniel Écija, Pablo Roa, Alberto Úcarm, Adriana Rivas, Javier Andrés Roig, Vicente Bendicho, Raúl Encinar
Elenco: Maggie Civantos, Najwa Nimri, Carlos Hipólito, Roberto Enríquez, Berta Vázquez, Alba Flores
Distribuição: Netflix
Produção: Globomedia
Data de estreia: qui, 02/07/15
País: Espanha
Gênero: Drama
Ano de produção: 2015
Classificação: 18 anos
Paola Jullyanne
Pernambucana/carioca, cinéfila de carteirinha e viciada em séries. Curto uma boa música e uma boa leitura, não sou apegada a padrões e adoro um desafio.
