Salto no Breu por Nathalia Athayde

Vittória Braun e Rafael Lorga lançam o álbum ‘Salto no Breu’

Guilherme Farizeli

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27 de abril de 2021

Salto no Breu‘ (independente) é o nome do segundo trabalho fonográfico dos cantores, compositores e atores Vittória Braun e Rafael Lorga. Em 34 minutos e 10 faixas inéditas, a dupla salta com corpo e alma inteiros. Antes de tudo, mãos dadas, sons, acordes, intenções, vozes e instrumentos entrelaçados. A saber, o álbum foi lançado na última sexta (23), apenas no formato digital, em todas as plataformas.

Disco conta com participações luxuosas

Primeiramente, o casal comentou sobre a vibe do disco. “No processo de fazer o álbum a gente viveu muito essa relação de luzes e escuridão, cores quentes e frias, dentro e fora. O disco é denso, rítmico, desliza por paisagens e afetos e pensa bastante no nosso Brasil e na América do Sul“, concluem. Nesse sentido, ‘Salto no Breu‘ vem com preciosas contribuições. Por exemplo, o talentoso Zé Manoel canta e Jaques Morelenbaum toca cello na faixa “Meu Altar”, parceria de Rafael com Tom Karabachian, filho de Paulinho Moska.

Essa música é pra gente uma oração, um canto de fé. Tom me mandou a primeira frase da melodia e eu me arrepiei de cara. Sentei e desabafei ela inteira no caderno“, conta Rafael, integrante da banda Pietá e um nome cada vez mais presente nas fichas técnicas dos álbuns de seus contemporâneos. Como compositor e produtor musical, tanto quanto músico. Ele é amigo de infância de Tomás Braune, que deu à dupla a canção “Aquário” e foi convidado a participar da gravação desta faixa.

Parcerias também dão o tom de ‘Salto no Breu’

Outras presenças a mais no trabalho são do trio feminino Tata Rocha, Sarah Vieira e Alice Santiago, integrantes da banda Tata Chama e as Inflamáveis. Elas deixaram a sua marca registrada em “Caminho de Casa”. Além disso, Vittória diz que a faixa, parceria dela com o marido, é “uma oferenda das suas filhas sereias como retribuição por nunca nos deixar sós“.

“Jornada”, de Rafael e Iara Ferreira, compositora incensada na atual cena, foi escolhida para ser a trilha de um clipe, dirigido por Caio Riscado, lançado em março, já começando a fazer o parto deste álbum. A música “descreve uma viagem por diferentes brasis, a partir do desejo de desvendar novos caminhos e desatar os nós. Partindo do sertão em direção ao mar, passando por veredas, cafundós e também pelas grandes cidades“, situam os dois.

Uma história de arte e amor

Vittória e Rafael se conheceram em 2014, quando ela, nascida em Belém, se mudou para o Rio de Janeiro a fim de se dedicar ao teatro. A primeira peça na qual atuou foi “Dinossauros e Pelancas”, dirigida pela Juliana Linhares (também da Pietá), na UniRio. Havia uma banda de rock no espetáculo, de modo que eles já se conheceram focados nas mesmas partituras. E a paixão nasceu entre esses pequenos atos. Namoraram no primeiro ano, se casaram há cinco e lançaram o primeiro EP, ‘Alargar o Mundo‘, em outubro de 2019.

O Rafa foi me instigando cada vez mais a cantar e a compor. Compusemos duas músicas para este disco“, conta ela. Desde 2015 que o casal vinha fazendo shows pelo Rio e por Belém, até que chegou o dia de entrar em estúdio junto. E se o EP de estreia levou quatro anos para ser maturado, o disco que chega agora, ‘Salto no Breu‘, foi todo gravado num mergulho profundo de três meses, com produção musical de Pedro Itan e coprodução de Claudio Nucci, fundador do grupo vocal Boca Livre.

Enfim, curta o álbum ‘Salto no Breu’

Guilherme Farizeli

Músico há mais de mil vidas. Profissional de Marketing apaixonado por cinema, séries, quadrinhos e futebol. Bijú lover. Um amante incondicional da arte, que acredita que ela deve ser sempre inclusiva, democrática e representativa. Remember, kids: vida sem arte, não é NADA!
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